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Sérgio Quintella é repórter de cidades e trabalha na Vejinha desde 2015
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Ícone da cidade, Maksoud Plaza pede recuperação judicial

Dívidas do hotel, fundado em 1979, passam dos 120 milhões de reais

Por Sérgio Quintella Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 22 set 2020, 08h23 - Publicado em 22 set 2020, 07h50

Um dos principais hoteis da cidade, o Maksoud Plaza não suportou a crise provocada pelo novo coronavírus, que deixou o espaço fechado por quase seis meses, e entrou na segunda (21) com pedido de recuperação judicial. Ao todo, a dívida da empresa passa dos 120 milhões de reais, além do passivo tributário, que ficou de fora da ação e está em torno de 400 milhões de reais. Três dias antes da solicitação, 153, dos 316 funcionários foram demitidos. As indenizações trabalhistas deverão entrar no rol de débitos da recuperação judicial, ou seja, os colaboradores desligados não deverão receber imediatamente o valor a que têm direito.

Apesar da solicitação judicial, as operações no local continuam normalmente, a despeito da baixa ocupação dos leitos (atualmente em 3%). “Dessa forma, ante a combinação da queda e até da interrupção brusca em seu faturamento, de um saldo de caixa baixíssimo e da incerteza quanto à normalização de sua atividade hoteleira – que culminou em uma crise de iliquidez imensurável – não restou alternativa às Requerentes senão ingressar com o presente Pedido de Recuperação Judicial”, escreveram na petição os advogados do escritório Thomaz Bastos, Waisberg e Kurzweil associados.

O hotel teve o seu auge entre os anos 80 e 90, quando hospedou personagens importantes da política mundial, a exemplo da ex-primeira-ministra britânica Margaret Thatcher e o ex-secretário-geral da ONU Kofi Annan. Na música, The Rolling Stones e Guns N’Roses também ficaram lá. No 150 Night Club, uma das mais importantes casas de espetáculo da cidade, Frank Sinatra e Julio Iglesias se apresentaram no espaço.

No início dos anos 2000, no entanto, os negócios começaram a ficar no vermelho, com baixa ocupação e queda de investimentos. Nessa época, o “boom” dos flats na metrópole foi um dos motivos para a derrocada do espaço. A partir da morte de seu fundador, Henry Maksoud, em 2014, o local passou a ser administrado pelo seu neto Henry Maksoud Neto, que já trabalhava ao lado de seu avô desde os 15 anos de idade.

“A decisão do patriarca em legar o controle do hotel ao neto acabou gerando, infelizmente, diversas disputas familiares, que acrescentaram tumulto às grandes dificuldades financeiras já vivenciadas pela empresa. Assim, diante do cenário econômico do Hotel e da pesada herança de dívidas suportadas pelo Grupo, a nova gestão procurou profissionalizar o Maksoud Plaza”, dizem os advogados da empresa. 

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Em 2017, Vejinha mostrou uma dessas disputas jurídicas. Na ocasião, Cláudio Maksoud, filho do fundador da empresa e que morava havia vinte anos no hotel, foi obrigado a deixar o espaço.  No mesmo ano, um casal de adolescentes foi encontrado sem vida em um dos quartos.

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