Morre Luiz de Oliveira, garçom lendário do Bar Léo
O funcionário, que tinha 95 anos, trabalhou por 55 no endereço

Morreu na quinta-feira (9), às 17h35, o garçom Luiz de Oliveira, aos 95 anos. Ele deu expediente por 55 anos no Bar Léo, endereço do centro inaugurado em 1940.
Conhecido como Luizinho, era um dos garçons mais experientes da capital. Já serviu acepipes e chopes para personalidades como o presidente Jânio Quadros. Até sua morte, estima-se que tenha servido mais de meio milhão de canecas de chope.

A causa da morte, segundo a assessoria de imprensa do bar, foi falência nos rins. O garçom deixa duas irmãs, Luiza e Maria de Oliveira, além de dois sobrinhos.
O Bar Léo divulgou nota em que lamenta a morte do funcionário. “Agradecemos imensamente o tempo que pudemos conviver com ele, que será sempre lembrado pelo profissionalismo, dedicação, lealdade, competência e sensibilidade.” O endereço está fechado nesta sexta (10) e volta a funcionar no sábado (11), a partir das 10h.
Pouco mais de vinte anos atrás, o garçom pensou em se aposentar, mas voltou seis meses depois à labuta, como relatou a coluna Mistérios da Cidade. Os patrões oferecerem carona diária de ida e volta para casa, na Pompeia, nos dias da semana em que trabalhava.
Luizinho resistiu até à crise pela qual passou o estabelecimento em 2012, antes da mudança de gestão. O enterro acontece nesta sexta (10) no cemitério Quarta Parada, no Tatuapé.
Seu Luiz, que foi uma verdadeira lenda viva na cidade, vai fazer falta.
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