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Entre raios e hits, o sábado tumultuado no Lollapalooza 2019

Em um dia marcado pela suspensão temporária das atividades, artistas conseguiram reunir e empolgar público após "trauma"

Por Juliene Moretti, Matheus Prado e Guilherme Queiroz
Atualizado em 7 abr 2019, 14h02 - Publicado em 7 abr 2019, 11h16

O segundo dia de Lollapalooza foi marcado pela suspensão temporária do festival devido ao mau tempo. O risco era a alta incidência de raios, próximos a todos os aparatos metálicos das estruturas do palco. Os espaços chegaram a ficar isolados, os portões foram fechados e houve ameaça de evacuação. Com o aval dos técnicos, as apresentações retomaram.

DESTAQUES NACIONAIS

(MRossi)

Este era para ser um bom dia para os artistas nacionais. Nomes em alta na cena musical ocupavam a primeira parte do festival. Teve os goianos do Carne Doce e Duda Beat. A sensação (e expectativa) era pela banda Liniker e os Caramelows. Com a energia bem para cima, o público não se importou com os problemas técnicos nas primeiras faixas, como a voz da cantora mais baixa e constante microfonia. No ano passado, o conjunto enfrentou problemas técnicos no palco, impedindo-o de fazer o espetáculo completo. Desta vez, Liniker avisou de cara: “Nós vamos terminar este show, sim!”

O resultado foi o alto astral do grupo e da plateia, que dançou do começo ao fim. Ao final, o ativismo político, com “ele não” exibido no telão ganhou coro dos fãs.

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Enquanto Rashid iniciava sua apresentação no palco Bud, no Perry’s by Doritos os irmãos gêmeos Dubdogz aqueciam os pickups. Eles receberiam o cantor pop Vitor Kley no palco. No entanto, o espetáculo durou apenas vinte minutos por conta do risco de chuva com raios. Nesta versão reduzida, a animação veio com remix de Titanium. Não deu tempo de Kley entrar.

Dubdogz deve retornar ao palco neste domingo (7), ao lado de Chemical Surf, que teve o seu show cancelado devido à suspensão das atividades do festival. Eles vão ocupar o espaço do DJ Don Diablo que, por problemas familiares, não conseguiu chegar ao Brasil. Esta apresentação começa às 16h15, no Perry’s by Doritos.

A HORA DA RETOMADA

(Thiago Almeida)

Depois de duas horas e um novo mantra “eu não vou embora”, que o público presente gritava em coro depois da ameaça de evacuação do local, a rotina começou a se normalizar. No palco Bud, os roqueiros do Snow Patrol já soltaram o hit Open Your Eyes, para trazer novamente a galera para os espaços. Com show de pouco mais de vinte minutos, teve tempo para apresentar uma música nova, Heal Me. Aos poucos, sob uma garoa, a turma esquecia do ocorrido tempos antes.

No Perry’s by Doritos, o DJ Gryffin teve o desafio de reanimar o público que tinha acabado de pensar que o sábado no Lolla terminaria por ali. Ainda entrando no clima, quem estava presente ouviu remixes de músicas como Congratulations, de Post Malone, que se apresentaria mais tarde. Mesmo assim, a plateia parecia um tanto traumatizada – ou desconfiada – com a confusão. O embalo veio no final.

ENERGIA ROQUEIRA

(Camila Cara/Veja SP)

Com a pausa, o desafio era conseguir fazer os frequentadores engatarem nas apresentações. E não faltou esforços de Oliver Sykes, da banda de deathcore Bring Me the Horizon, uma das mais esperadas do dia. A plateia respondeu à altura, com direito a rodinhas. Sykes brincou com a câmera, tentou aprender português e chegou a roubar o drinque de uma das meninas do público. Quem esperou não se arrependeu.

HOMENAGENS AO BRASIL

(Denis Ono/Veja SP)

A jovem cantora de R&B Jorja Smith era uma das apostas do festival. Com um som suave, de pegada mais calma, serviu como aquecimento para Post Malone, que entraria a seguir, no palco ao lado. Uma falha: na tentativa de homenagear o país, ela e a banda entraram com a camisa da CBF, o que não agradou o público. Algumas vaias foram ensaiadas e protestos contra o presidente Jair Bolsonaro tomaram conta. Fato passado, ela cantou faixas como a versão de No Scrubs, de TLC.

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(MRossi/Veja SP)

Já o aguardado fenômeno Post Malone apostou no figurino temático com uma roupa cheia de referências ao Brasil, com desenhos de araras, flores, uma índia e o calçadão do Rio de Janeiro. Ele foi ainda mais longe e convocou, no final do show, o funkeiro Kevin o Chris, da Gaiola, um dos pontos altos do espetáculo. Showman, o cara interagiu com a plateia, fez graça, quebrou um violão. Chegou a dizer que estava bêbado – e não parou de beber. Não teve escapatória: a plateia lotada cantou todas as músicas do cara. Sem saber como será domingo, terceiro e último do festival, esta pode entrar no páreo para disputar como melhor apresentação desta edição.

PARA OS MAIS EXPERIENTES

(Mila Maluhy/Veja SP)

Diante de nomes mais recentes no festival, surge Lenny Kravitz e seu hits do século passado. Não, não é pejorativo. Quem ficou para vê-lo, assistiu um espetáculo feito para cantar de cabo a rabo, com impressionantes músicos e um Kravitz bem em forma e entusiasmado: contra as recomendações da equipe técnica, ele chegou a descer e interagir com a plateia, o que fazia esta se movimentar de um lado para o outro a fim de tentar encostar ou tirar uma foto do astro. Ele mandou bem ao abrir com a potente Fly Away, seguida de Dig In e American Woman, que ganhou um acréscimo de Get Up, Stand Up. Sempre no fim das faixas, o show era brevemente interrompido para tentarem secar o palco. “Eu não posso me mexer aqui”, dizia Kravitz. Momento mais calmo veio com It Ain’t Over ‘Till Is Over. Ainda confusa com o ocorrido (ou seria Post Malone que estava para entrar no palco Onix), boa parte dos fãs deixou a área do palco Bud ao dar o intervalo do bis. Ainda faltavam quinze minutos para o fim do show. Quem estava na parte de trás, aproveitou a brecha. Kravitz entrou novamente com Let Love Rule, que ficou com quase dez minutos de duração. Poderia ter encurtado esta e aproveitado para mais um ou outro sucesso, já que o tempo do espetáculo era de pouco mais de uma hora. Finalizou com a enérgica Are You Gonna Go My Way? e arrancou elogios de quem ficou para ver.

BALADINHA ROQUEIRA

Última atração do palco Bud, o Kings of Leon fez um show burocrático. Repleto de sucessos e muito bem executado, de fato, e que fazia a galera cantar em coro. Caleb Followill, o vocalista, explicou que este seria uma das últimas apresentações desta turnê e que eles retornariam para casa ainda este fim de semana. Faltou interação com o público, que estava ali a fim da banda. Radioactive e Molly’s Chambers foram algumas que empolgaram a galera. Quem ficou mais para o fundo do espaço destinado ao palco, conseguiu dançar como se estivesse numa casa de rock, daquelas que havia na Rua Augusta, na década passada. Sex on Fire chamou mais gente para a área. Este seria o show mais longo do festival, com duas horas de duração. Sem bis, eles encerraram com as potentes Use Somebody e Waste a Moment, cerca de vinte minutos antes das 23h, horário previsto para o fim.

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