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Por Juliene Moretti
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Chico Brown, filho de Carlinhos Brown e neto de Chico, faz sua estreia

Músico se apresenta na próxima semana na Casa de Francisca

Por Juliene Moretti Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
12 abr 2018, 18h07

Ele tem nome e sobrenome de peso dentro do cenário musical e agora se prepara para se desvencilhar e traçar seu próprio caminho. Este é Chico Brown, de 21 anos, filho de Carlinhos Brown e neto de Chico Buarque. Na quarta (18), ele debuta em solo paulistano, na Casa de Francisca. Repete a dose no dia 1º de maio no Bourbon Street. “Para estes, eu separei um repertório que mistura o autoral com composições do meu pai para Os Tribalistas e do meu avô”, diz. Segundo ele, desta forma, consegue soar um pouco mais familiar para esta primeira impressão para o público. O nome do artista começou a pipocar no ano passado, quando apareceu nos créditos do disco de seu avô, Caravanas, com a composição de Massarandupió, na qual Buarque inseriu a letra. Agora, o rapaz se prepara para gravar seu álbum de estreia. “Vai ser autoral e eu quero explorar sons bem diferentes do meu pai e do meu avô”, diz. Abaixo, ele conta sobre o início da jornada.

VEJA SÃO PAULO: Por que decidiu fazer este trabalho agora?

CHICO BROWN: É um projeto até antigo. Eu tenho uma vontade de me expressar musicalmente, ter o que dizer. Precisei trabalhar a minha insegurança de entrar de vez no mundo da música. Tenho músicas bem antigas e outras coisas novas que estão sendo esculpidas. Vim perdendo o medo e estou conseguindo, com a minha banda, concretizar o trabalho.

VSP: Como será este trabalho e como escolher o que entrar ou não?

CB: Esta é a parte mais difícil. Eu tenho tentado olhar para minhas influências e deixá-las mais familiares. Usar estilos como o blues e o rock com percussão, samba, frevo, música latina, pegar o batuque, as guitarras de Osmar e Dodô, do Pepeu. Muita coisa nacional dos anos 70, que era quando se ousava mais musicalmente. Além disso, quero quebrar paradigmas de um disco de estreia. Eu penso em várias formações, por exemplo, quero usar o violão, mas também o piano. Deve entrar um cover só, do meu avô.

VSP: Vai se aproximar mais com o som do seu pai ou do seu avô?

CB: Eles têm vertentes em comum. O disco deve ser um pouco mais adaptado para soar familiar, mas eu tenho formação diferente deles dois. Na minha adolescência, compus coisas diferentes dos dois, com instrumentos diferentes, como a guitarra. Ouvi muito rock progressivo e exploro o jazz, por exemplo. Eu vou adaptar essa linguagem para agora. Com o tempo, quero experimentar mais, talvez um som mais obscuro. Tem um projeto de jazz, que é bem diferente deles que eu quero fazer.

VSP: Eles influenciaram você de alguma forma?

CB: Influenciaram. Era inevitável. Mas eu comecei tocando guitarra. Sempre tinha um conselho ou outro. Com o tempo eu fui assimilando os trabalhos deles, o que representava. Houve um resgate cultural, são mensagens muito fortes, em sua determinada época. Eu falo que a influência poética é do meu avô e rítmica do meu pai e elas coexistem. Eu sempre fui muito acostumado com a música, era algo normal para mim. Gosto de trilhas sonoras e fui buscando sons diferentes para me dar autonomia. E então, fui para a guitarra e o piano.

VSP: Existe alguma pressão por ser filho e neto de dois importantes músicos nacionais?

CB: Sem sombra de dúvidas. Existe, sim. Mas à medida que a gente vai compondo, começa a criar a identidade e domar este sentimento a ponto de ele ser usado a nosso favor.

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VSP: Você fica incomodado?

CB: É complicado. Eu quero que as pessoas conheçam o meu trabalho e não ficar na sombra deles. Por isso, eu doso muito as minhas referências, para me encaixar no meu lugar. Hoje incomoda mas é compreensível. Gera uma expectativa, que pode ser que eu não esteja pronto para atender. Ou então subestimam. Chegam com um pré-conceito, um estigma. A projeção é boa, mas a longo prazo precisa mudar.

VSP: Para fazer diferente, como será o show por aqui? Está nervoso?

CB: Vai ser voz, violão e piano e eu vou me alternar nos instrumentos. Eu vou estar sozinho. A música Massarandupió, que é uma valsa, pode aparecer de outra forma, por exemplo. Estou bastante nervoso, sim. Já fiz esse show, mas era um projeto com outros compositores, cada um se revezava no palco. Era um show curto. Este é uma apresentação completa.

 

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