Paula Lima indica série viciante, inclusiva, informativa e apaixonante
A cantora esbanjou elogios para o seriado que trata da comunidade LGBT da década de 80
Paula Lima, além de cantora afinadíssima, tem bossa e um repertório nota 10. E, além de cantora, ela apresenta o programa Chocolate Quente, que vai ao ar na rádio Eldorado, às terças, às 20h, e aos domingos, às 19h. É minha companhia, toda terça, na volta do trabalho para casa.
E foi num dia em que Paula falava com empolgação da trilha sonora de Infiltrado na Klan que tive vontade de convidá-la para escrever sobre um filme ou uma série que tenha gostado. E a escolha de Paula foi certeira! Confira o belo texto que ela escreveu.
“Lembro que, num certo domingo, dando uma olhada na TV, um aparente ambiente dos anos 80 me chamou a atenção. Não sabia do que se tratava, mas fui pega por aquela magia colorida, inteligente, bem-humorada e dramática. Para minha sorte, estava no início do primeiro episódio de uma das séries mais representativas, surpreendentes e sedutoras. Pose já é histórica pelo número de atores negros e pelo maior elenco transgênero. A história se passa nos anos 80, traz o mundo LGBT muito real, mostra a cena política da época, a sociedade, conceitos e preconceitos.
Além do retrato brilhante, tem como ponto de partida a cultura ball, que eram competições feitas em discotecas, organizadas por drag queens. Os candidatos faziam parte de “casas”, que tinham as suas “mães”, que lhes davam proteção após eles terem sido expulsos do lar por ser gays ou transgêneros. Eram marginalizados e viviam numa sociedade paralela em Nova York, e, assim, formavam uma resistência. Os atores e seus personagens são um capítulo à parte. Billy Porter, um ator deslumbrante, é quem comanda os bailes. Aliás, ele esteve no Oscar 2019 com o mais incrível figurino da noite: um smoking de saia dos bailes da antiga realeza. Foi um marco! Mj Rodriguez, ator transgênero, é Blanca Rodriguez, a “mãe” doce cheia de amor, sabedoria e bomsenso. Dominique Jackson é a sensacional Elektra, ácida, linda, elegante, egoísta.
A série também traz à tona o drama do HIV, quando pessoas recebiam o diagnóstico já como uma sentença de morte. Pose insere o preconceito, a discriminação, Trump (quando era um empresário bilionário) e o submundo, sem ser piegas nem forçar a barra. Faz uma análise para se refletir no mundo da classe média branca americana e na forte cena underground da época. Emocionante, forte, vibrante, contagiante, propõe reflexões sobre o tempo, as mudanças, as pessoas. É cheia de energia, dor, cor e amor, além de genial, viciante, inclusiva, informativa e apaixonante.
> Pose está disponível no NOW ou no site do Fox Premium
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