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Por Matheus Prado
Matheus Prado é repórter de VEJA SÃO PAULO e já passou por veículos como Estadão, Folha de S.Paulo e UOL. Experimenta, neste blog, fazer coisas que nunca fez.
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Fui ver qual é a do paraquedismo indoor

"Quando tentei virar as mãos um pouco de lado, entrei numa espiral que só parou com a ajuda do instrutor. Achei massa, porém tinha zero controle"

Por Matheus Prado
Atualizado em 5 fev 2020, 13h43 - Publicado em 11 out 2019, 15h22

Pula de paraquedas” é a coisa que eu mais ouço quando conto para as pessoas que tenho um blog de primeiras experiências. A modalidade parece ser o primeiro estímulo que surge na nossa cabeça quando a ideia é experimentar algo novo. Digo “a nossa” porque me incluo nesse pensamento. Já pesquisei diversas vezes as opções de salto nas redondezas da capital, mas por enquanto essa vontade está apenas no campo hipotético. Penso mais do que deveria antes de agendar e acabo vencido pela covardia.

Para entender melhor o que se sente durante um salto sem precisar pular de um avião, fui experimentar o que chamam de paraquedismo indoor. Em “tecniquês”, diz-se que é “um túnel de vento vertical com turbinas de alta tecnologia na parte superior para sugar o ar da câmara de voo e, em seguida, empurrar o ar de volta para baixo pelas laterais externas da câmara através de torres de retorno de ar. O ar é recirculado pelas torres para a base do túnel e volta para a câmara de voo através de um funil de entrada. O funil de entrada reduz o espaço em que o ar pode fluir, comprimindo-o e acelerando o ar antes que ele reentre na câmara de voo. O resultado: uma coluna suave de ar que permite que você voe”.

Na prática, é basicamente um tubo gigante de vidro com ventoinhas enormes que criam uma corrente de ar e fazem com que as pessoas flutuem ali dentro. Aparentemente, um nível de risco reduzido, né?! Então lá fomos nós para Pinheiros, na Zona Oeste, em busca desse rolê. Antes de qualquer coisa, rola uma aulinha teórica com um instrutor para ele explicar como funciona a parada e estabelecer sinais de comunicação que serão utilizados lá dentro. Isso porque o barulho da máquina é bem alto e não permite comunicação falada.

Dentro do túnel, nós, os iniciantes, ficamos “deitados” de barriga para baixo com os braços ligeiramente afastados do corpo e esticados, enquanto o especialista (paraquedistas treinados especificamente para isso) vai guiando seu corpo e dando indicações com as mãos. Os dois primeiros sinais têm a ver com o posicionamento das pernas. Se vier o comando de dois dedos flexionados (veja abaixo), é para imitar o movimento com os membros inferiores. Se os dedos estão eretos, formando o “v de vitória”, devemos esticá-las. O hang loose, último sinal, não tem peso técnico: apenas aproveite o rolê.

Os sinais: flexione as pernas, estique as pernas e curta o voo (Matheus Prado/Veja SP)

Com as instruções interiorizadas, é hora de trocar as vestimentas. Primeiro colocamos um macacão como aqueles dos paraquedistas (ou dos borracheiros), seguido de protetor auricular, capacete e uma viseira. Antes de entrar no tubo, o instrutor pediu que eu esperasse e fez uma demonstração. Óbvio que eu não iria repetir os movimentos dele lá dentro, mas esse momento serve para mostrar as potencialidades da brincadeira e o controle corporal conseguido pelos profissionais da área.

O cara deu um show lá dentro. Rodopiou, virou de cabeça para baixo, foi lá em cima e voltou. Fiquei impressionado e até um pouco tonto. Quando chegou minha vez, ele pediu que me posicionasse na porta de entrada do túnel e segurasse nas pontas. Ali já comecei a sentir um pouco a pressão do vento e endureci o corpo. Mas, quando ele me colocou lá dentro, tudo ficou mais leve.

Não era nada difícil flutuar, apesar de saber que ele estava me segurando. A pressão do vento no corpo também é de boa, não é tão forte como eu havia pensado inicialmente. Apenas um detalhe, para o qual não tinha me atentado, me incomodou um pouco. Minha barba, cuidadosamente (kkk mentira) cultivada nos últimos anos veio toda parar na minha cara. Ela não é grande o suficiente para tampar meus olhos, mas a boca e o nariz, sim.

Aos poucos, fui ganhando confiança e tentando me mexer mais, sem muito sucesso. Qualquer movimento do corpo potencializa uma mudança de direção ou altura. Quando tentei virar as mãos um pouco de lado, comecei a rodar e entrei numa espiral que só parou com a ajuda do instrutor. Achei massa, porém tinha zero controle. Ele, por outro lado, parecia estar em casa. No final, ele me levou girando até o cimo do túnel, antes de me cuspir para fora da estrutura. A sensação é, apesar de você estar dentro dum tubo, de liberdade.

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Voltaria? O preço é um pouco impeditivo, mas aconselho a todos que têm vontade de voar, mas não sabem se têm coragem, a experimentar. O pacote de dois voos no iFLY, que dura de 2 a 3 minutos, custa 360 reais. Avenida das Nações Unidas, 6873, Alto de Pinheiros, 3197-2220.

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