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Musical “Sunset ­Boulevard” e a eterna máquina de moer celebridades

Em uma temporada de produções boas ou medianas, a montagem sobressai por apresentar uma história envolvente em encenação sofisticada e bem interpretada

Por Dirceu Alves Jr.
Atualizado em 4 abr 2019, 14h59 - Publicado em 4 abr 2019, 14h20

O tempo de Norma Desmond (interpretada por Marisa Orth) passou, e ela insiste em não acreditar. Estrela do cinema mudo, a atriz perdeu espaço na Hollywood dos filmes falados e vive em um mundo de fantasias alimentado pelo mordomo Max (representado por Daniel Boaventura). O aparecimento acidental em sua mansão do jovem roteirista Joe Gillis (o ator Julio Assad) é a chance da veterana de sonhar com uma volta triunfal — algo só possível em sua cabeça delirante.

Esse é o ponto de partida do musical Sunset ­Boulevard, criado por Andrew Lloyd Webber, Christopher Hampton e Don Black, com base no longa de Billy Wilder, que ganha direção de Fred Hanson. Em meio a uma temporada de musicais apenas bons ou medianos, a montagem sobressai por apresentar uma história envolvente em uma encenação sofisticada e muito bem interpretada pelos atores, cantores e bailarinos.

Aqui se encontra tudo o que se espera de um real expoente do gênero. Belos cenários e efeitos, coreografias equilibradas e um indispensável glamour, como não podia deixar de ser em uma trama sobre a meca do cinema.

+ Leia sobre O Frenético Dancin’Days. 

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Na pele da protagonista, Marisa Orth alcança um marcante momento em sua trajetória. Explora com brilho os potenciais de atriz e cantora em um registro dramático capaz de emocionar, despertar raiva e piedade. A parceria afinada com o surpreendente Julio Assad origina as melhores cenas. Boaventura surge mais contido, introspectivo, e destaca-se nos números musicais. Preste atenção também em Lia Canineu, que faz a namorada de Joe.

Mesmo que grande parte dos diálogos seja cantada, algo raro nos musicais modernos, Sunset Boulevard resiste ao tempo pela sólida dramaturgia. O devaneio de Norma se dá no começo da década de 50, e sua frustração é o cinema, mas não é tão diferente da agonia de quem sumiu da televisão, do teatro ou até mesmo de veículos que formam celebridades efêmeras. Andrezza Maz­zei é alternante de Marisa como Norma (150min). 12 anos. Estreou em 22/3/2019.

+ Teatro Santander. Avenida Presidente Juscelino Kubitschek, 2041, Itaim Bibi. Quinta e sexta, 21h; sábado, 17h e 21h; domingo, 15h e 19h. R$ 75,00 a R$ 290,00. Até 7 de julho.

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