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“A Noite de 16 de Janeiro” e o tribunal de Jô Soares

Além de assinar a direção, o artista volta aos palcos na comédia de suspense de Ayn Rand em meio a um numeroso e destacado elenco

Por Dirceu Alves Jr.
Atualizado em 30 Maio 2018, 17h12 - Publicado em 15 Maio 2018, 12h39

Jô Soares, como diretor, tem firmado presença ao investir na diversidade de temas e gêneros. Nas últimas temporadas, o artista comandou as comédias O Libertino (2011) e Histeria (2016), o drama geracional Três Dias de Chuva (2013) e a peça shakespeariana Tróilo e Créssida (2016), esta com um pé na tragicomédia. Agora é a vez de A Noite de 16 de Janeiro, texto de Ayn Rand, transformado em um suspense cômico.

O corpo de um magnata das finanças voou da cobertura de um prédio de Nova York. Acusada de matar o amante, a ex-secretária (interpretada por Guta Ruiz) dá trabalho ao advogado de defesa (papel de Cassio Scapin). O promotor (representado por Marco Antônio Pâmio) busca acumular indícios para a condenação e, a cada depoimento, a situação da ré se torna mais imprevisível.

A imponência de Guta, mesmo nos silêncios, e os desempenhos firmes de Pâmio e Scapin são destaques naturais, inclusive pela permanência do trio na totalidade do espetáculo. A montagem, no entanto, apoia-se e tem seu interesse renovado no entra e sai das testemunhas. A direção escolheu atores vigorosos e conseguiu orientá-los em ousadas caracterizações, de forma a atenuar uma possível disputa de egos, limpando excessos.

Cada um fica em cena por não mais que dez minutos. Mesmo assim, Erica Montanheiro, como a viúva, Tuna Dwek, que vive a governanta, e Ricardo Gelli, um gângster, fundamental no desfecho da trama, sobressaem em meio ao entrosado grupo.

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Na pele do juiz, Jô Soares é presença simbólica. Calcado na consagrada persona, o comediante, como se estivesse em seu talk show e coordenasse o elenco aos olhos do espectador, dá as deixas para piadas ou joga improvisos no colo dos quinze atores. O público embarca e, ainda que a duração por vezes se arraste, mantém-se o suspense em torno do mistério. Um detalhe: os doze jurados, responsáveis pelo veredicto, são recrutados entre o público — basta oferecer-se na bilheteria. Completam o numeroso elenco Nicolas Trevijano, Kiko Bertholini, Milton Levy, Felipe Palhares, Giovani Tozi, Luciano Schwab, Mariana Melgaço, Norival Rizzo e Paulo Marcos (110min). 14 anos. Estreou em 5/5/2018.

+ Tuca. Rua Monte Alegre, 1024, Perdizes. Sexta, 21h30; sábado, 21h; domingo, 19h. R$ 120,00. IR. Até 9 de dezembro.

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