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“A Mulher de Bath”, Maitê Proença e a feminista medieval

Dirigida por Amir Haddad, a atriz protagoniza monólogo sem temer oposições ou patrulhas

Por Dirceu Alves Jr.
7 fev 2018, 12h39

Em tempos de ferrenhas pregações feministas, a atriz Maitê Proença não parece preocupada com uma possível oposição ao monólogo A Mulher de Bath. Pelo contrário. As palavras da peça criada pelo inglês Geof­frey Chaucer em 1380, antes de Shakespeare nascer e escrever suas obras-primas, soam como uma saudável provocação à ingenuidade feminina citada em algumas ocasiões.

A protagonista é uma peregrina com vasta experiência pessoal e incansável defensora de seu poder em relação aos homens. Sim, Alice, a tal senhora da cidade inglesa de Bath, pode ser apontada como uma feminista do seu tempo, a Idade Média. Ela casou-se cinco vezes, preferiu os mais velhos e ricos e levou a maioria deles na palma da mão. Além da sagacidade e do poder de manipulação, a personagem se orgulha de ter explorado os dotes físicos e do talento especial para encantar os parceiros na cama.

É também apoiada na beleza e no carisma que Maitê conquista a plateia em sua explanação. A intérprete, irônica, convence o público de que as teorias de Alice atravessaram os séculos e conti­nuam tendo valor no mercado. Mestre no teatro narrativo, o diretor Amir Haddad criou uma encenação extremamente simples, em que a fala da atriz se torna o único elemento capaz de concentrar a atenção.

A mensagem, questionável, não deixa de ser ousada diante da dominação do politicamente correto. Maitê e Haddad ganham ainda outros pontos por trazer à tona um texto sarcástico que, pouco a pouco, faz a plateia vencer o constrangimento e cair em prazerosas risadas. Com o músico e ator Alessandro Persan (80min). 16 anos. Estreou em 25/1/2018.

+ Teatro do Sesc Bom Retiro. Alameda Noth­mann, 185, Campos Elíseos. Sexta e sábado, 21h; domingo, 18h. R$ 40,00. Até 4 de março.

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