A partir de quarta (3), o Sesc Avenida Paulista exibe em seu quinto andar a exposição Biblioteca À Noite. Idealizada pelo dramaturgo canadense Robert Le Page e pelo escritor argentino Alberto Manguel, a mostra, com entrada gratuita, permite que os visitantes façam um passeio virtual por diferentes acervos de livros.

A experiência, com capacidade para dezenove pessoas por sessão, é composta por onze bibliotecas, divididas em duas salas. No primeiro ambiente, está a reprodução cenográfica de um dos acervos de Manguel. O lugar, que não existe mais,  se localizava na região de Poitou, na França e tinha mais de 30 000 livros. 

Na segunda parte da mostra, o passeio contempla dez bibliotecas reais e fictícias, dentre as quais estão as coleções do Congresso Americano, em Washington, e o da Abadia Beneditina de Admont, na Áustria. Essa última é a mais antiga coleção localizada em um mosteiro.

Diante do argumento de que as novas tecnologias “matariam” os livros, a gerente de artes visuais e tecnologia do Sesc em São Paulo, Juliana Braga, afirma: “Elas podem ser ferramentas importantes no mapeamento de outras relações, como o tempo de permanência em uma biblioteca. Além disso, podem contribuir para difusão dos conteúdos das publicações”.

É preciso inscrever-se no site do Sesc Avenida Paulista para visitar à exposição Biblioteca À Noite. Até a sua finalização, em 10 de fevereiro, estima-se que 35 000 visitantes passem por lá.

Em paralelo à mostra, Le Page também dirige e atua em um peça no Sesc Pinheiros. No espetáculo, chamado 887, ele se volta para as memórias de sua infância.

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