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Certificação NFT impacta a comercialização digital de arte e música

A sigla permite que obras digitais tenham um selo comprobatório próprio e promete inovar no meio

Por Gabriela Amorim, Tatiane de Assis Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
25 jun 2021, 06h00
Uma montagem, com 999 pequenas fotos, que mostram paisagens, pessoas, objetos etc. As primeiras fotos são preto e brancas, depois, coloridas.
my Life, com certificado virtual, de Claudio Edinger: obra em processo (Claudio Edinger/Divulgação)
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Se o mundo digital não é sua praia, tudo bem, vamos explicar uma novidade sem complicar muito. Quando você vai a um cartório reconhecer firma, o que faz é dizer que aquela assinatura é sua e de mais ninguém. Assim, consegue emitir selos que autentiquem sua participação em um contrato, por exemplo. Na internet, há algo semelhante com o NFT. Mas o que é isso? Primeiro, é uma sigla que, em português, significa token não fungível.

Entendeu? Não? Então melhor dizer que isso aí é um código virtual que serve como garantia de que um item é único e legítimo. Mas o que se faz com isso? Essa tecnologia permite que obras de arte digital tenham um selo comprobatório próprio e em seu ambiente nativo. É o caso do painel My Life, que está em processo de produção e traz 999 fotos feitas por Claudio Edinger.

Um fundo azul tem quadro bloquinhos. Um escrito
NFT: certificação digital (Imagem azul: A M Hasan Nasim/Pixabay/Divulgação)

A “prova” de que não é uma montagem qualquer feita por um anônimo é o registro via NFT. Além disso, há a possibilidade de ser colecionador sem ter um espaço físico. Em São Paulo, por exemplo, a Nós Galeria, do Centro, já lançou obras em NFT.

Um homem posa com um violão apoiado no chão ao seu lado. Ele está sorrindo em um cenário com prédios e árvores
O cantor Jorge Vercillo prepara seu ingresso nesse mundo: venda musical (Lucas Soares/Divulgação)
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Na música, o uso tem a ver com a sustentabilidade de bandas. Por meio do NFT, conseguem comercializar um álbum com maior porcentual de lucro do que ocorre no streaming. Um dos nomes que devem se aventurar nesse campo é o cantor Jorge Vercillo, que conta com a ajuda de Taynaah Reis, CEO da All Be Tuned, que auxilia artistas brasileiros interessados nesse terreno virtual. Ela já até tem um case, vendeu 100 certificações de um single próprio. O valor foi de 1 694 reais, cada uma.

Por último, uma ressalva, para fazer a compra desse código é preciso adquirir criptomoedas, a mais usada nesse caso é o ethereum, que, a depender do dia, tem cotação variada para real, dólar ou euro. “A regulamentação de criptomoedas ainda está engatinhando, mas é possível investir sem cair em ciladas”, diz Taynaah. Para Vercillo é uma tendência: “O NFT é um modelo que vai inovar o mundo da música e da arte em geral”, afirma o músico.

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Publicado em VEJA São Paulo de 30 de junho de 2021, edição nº 2744

 

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