Spectres
Resenha por Laura Ming
Um tema incomum no mundo das exposições guiou o curador francês Matthieu Poirier em Spectres: a fantasmagoria. Pequena, a mostra merece atenção pelo visual potente, capaz de mexer com a imaginação. As vinte obras usam recursos da ilusão de ótica ou trabalham os efeitos da luz para provocar uma sensação sobrenatural. No 1º andar, criam o clima uma videoinstalação de formas geométricas numa sala escura e a escultura Blue, Red and Yellow, Scale Model N.2, da belga Ann Veronica Janssens, uma caixa com painéis luminosos que solta fumaça. Subindo as escadas podem ser encontrados os itens mais interessantes. As lâmpadas fluorescentes características da produção do americano Dan Flavin inundam as paredes de vermelho. De seu conterrâneo Larry Bell, há uma peça composta apenas de um triângulo de vidro e um feixe de luz. Juntos, eles funcionam como um prisma que reflete as cores do arco-íris em um dos cantos da sala. O resultado só é visível na escuridão. Revelam-se semelhantes os quadros-holograma do californiano James Turell, com projeções de feixes vermelhos e verdes. Eles somem ou saltam para o centro do espaço de acordo com o ângulo de visão do visitante. Sobressai ainda um trabalho de um dos pioneiros da arte cinética, o argentino Julio Le Parc — uma lâmpada incandescente que oscila sozinha. Até 6/7/2014.