Que Mais Posso Querer

VejaSP:
  • Direção: Silvio Soldini
  • Duração: 126 minutos
  • Recomendação: 16 anos
  • País: Itália/Suíça
  • Ano: 2010

Resenha por Miguel Barbieri Jr

Não é preciso voltar muito no tempo para comprovar
como o cinema explora o tema da traição conjugal.
Presente no drama americano “Amantes” (2008), retrato do
dilema do personagem de Joaquin Phoenix diante de duas
pretendentes, e na comédia espanhola “Dieta Mediterrânea”
(2009), sobre um apimentado triângulo amoroso, o assunto
inspira agora uma ótima reflexão na fita italiana “Que Mais
Posso Querer”, estreia exclusiva do CineSesc. O próprio
diretor do longa-metragem, Silvio Soldini, já havia abordado
enredo similar no adorável “Pão e Tulipas” (2000). Volta mais
maduro para flagrar segredos e mentiras que envolvem um
casal adúltero.
Na trama, Anna (Alba Rohrwacher) parece ter um
casamento feliz com Alessio (Giuseppe Battiston), dono de
uma loja e prestativo companheiro para todas as horas e
qualquer serviço — instalar boxe no banheiro da amada, por
exemplo. Mas as aparências enganam. Anna está entregando
os pontos e se cansou do marido fofo (em todos os sentidos).
Quer viver uma aventura extraconjugal e, para isso, escolhe o simplório e simpático Domenico (Pierfrancesco Favino),
funcionário de um bufê. O sexo acaba virando a válvula de
escape deles. Uma transa aqui, outra ali, e ambos se veem
fisgados pelo bichinho da paixão. Acontece que Domenico,
além de casado, é pai de uma menina e um bebê. Leva uma
vida bastante modesta em Milão, ao lado da esposa (Teresa
Saponangelo). Nenhum dos dois protagonistas pretende
abdicar de seu parceiro. O que fazer?
O realizador consegue ser bastante feliz ao escolher um
casal comum, sem beleza nem glamour, conferindo, assim,
proximidade imediata com a plateia. As situações vividas por
eles também são empáticas. No trânsito entre o drama e o
romance, a densidade e a leveza (há certo humor nas
entrelinhas), Soldini mergulha no cotidiano com autenticidade
ímpar. Em tempo: “Que Mais Posso Querer” inaugura, com pé
direito, uma nova distribuidora, a maranhense Petrini Filmes. Estreou em 06/05/2011.

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