Bahia Benmahmoud, interpretada por Sara Forestier, tem orgulho de suas raízes: é filha de uma ex-hippie francesa com um imigrante argelino. Ativista de esquerda, a jovem possui atributos físicos e, para convencer um homem de direita a mudar de lado, não pensa duas vezes em levá-lo para a cama. Na sua mira está Arthur Martin (Jacques Gamblin), um quarentão que parece conservador, mas se revela partidário do socialista Lionel Jospin. O painel montado pelo diretor e roteirista Michel Leclerc (com base em experiências pessoais ao lado da mulher, Baya Kasmi) enfoca a pluralidade, não só política, da França. Vai se divertir mais quem conhece um pouco da realidade e da história do país — há piadas internas, como a aparição-surpresa do ex-primeiro-ministro Jospin. A comédia romântica, no entanto, também mostra de forma leve, simpática e original como as aparências enganam. Não à toa, no César 2001, o Oscar francês, o filme ganhou os prêmios de melhor roteiro e melhor atriz — uma luminosa atuação de sua protagonista. Estreou em 02/12/2011.