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Isto Não É um Filme

Comida & Bebida, Lazer & Cultura, Shows & Noite.

Por Da Redação
Atualizado em 16 dez 2016, 17h21 - Publicado em 3 out 2011, 13h20
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  • Tipos de Gêneros dramáticos: Documentário
    VejaSP:
    • Direção: Jafar Panahi e Mojtaba Mirtahmasb
    • Duração: 75 minutos
    • Recomendação: 12 anos
    • País: Irã
    • Ano: 2011

    No início deste mês, o diretor iraniano Mohsen Makhmalbaf
    (“A Caminho de Kandahar”) participou do encerramento da
    Mostra Internacional de Cinema para receber um prêmio e pedir
    ajuda. Queria que os cineastas presentes, entre eles Walter Salles e
    Hector Babenco, endossassem um abaixo-assinado exigindo
    liberdade aos intelectuais presos em seu país — o documento
    seria, então, encaminhado à presidente Dilma Rousseff. Jafar
    Panahi, de 51 anos, é um dos diretores que peitam, na medida do
    possível, o regime autoritário do presidente iraniano Mahmoud
    Ahmadinejad. Condenado à prisão por seis anos e impedido de
    filmar por duas décadas, Panahi revelou-se um símbolo da
    resistência ao realizar, entre quatro paredes, esse documentário.
    Festejado ou premiado nos principais festivais internacionais, o
    realizador de “O Balão Branco” (1995), “O Círculo” (2000) e “Ouro
    Carmim” (2003) conseguiu mandar, clandestinamente e via pen
    drive, uma cópia de seu novo trabalho a Cannes, em maio. Mojtaba
    Mirtahmasb, codiretor da fita, serviu de pombo-correio. Caseiro e simples, porém profundo em sua crítica, o registro foi
    feito no apartamento de Panahi, em Teerã, durante sua prisão
    domiciliar. Uma câmera de vídeo digital flagra-o tomando café da
    manhã, conversando com a advogada, alimentando sua iguana de
    estimação, revendo suas obras… Surge, então, uma ideia: fazer um
    “não filme”. Mirtahmasb aparece para rodar a produção. “Não
    posso filmar, escrever roteiros ou dar entrevista, mas ninguém me
    impediu de atuar ou de ler roteiros”, diz Panahi. Com uma fita
    crepe, ele delimita os espaços do cenário num tapete e narra sua
    próxima história: a da moça prestes a entrar na faculdade que fica
    trancafiada em casa pelos pais fundamentalistas.
    Próximo ao desfecho, um rapaz aparece para pegar o lixo e, numa
    conversa de elevador, esse estudante de arte revela seus dissabores
    com o regime de Ahmadinejad. O personagem viria do acaso ou de
    uma encenação? Pouco importa. Nas mãos de Panahi, seu retrato
    casual virou uma poderosa arma contra a censura e o totalitarismo. Estreou em 02/12/2011.

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