Ilhada em Mim, Sylvia Plath
- Direção: André Guerreiro Lopes
- Duração: 60 minutos
- Recomendação: 14 anos
- Ano: 2015
Resenha por Dirceu Alves Jr.
Protagonizado por Djin Sganzerla, o drama Ilhada em Mim, Sylvia Plath surge embalado em um conjunto de ousadias. A história concebida por Gabriela Mellão foge da linearidade e de uma proposta óbvia para biografar a poetisa americana Sylvia Plath (1932-1963). O espetáculo retrata as depressões da escritora e sua relação tumultuada com o poeta inglês Ted Hughes (1930-1998), representado por André Guerreiro Lopes, também diretor e marido de Djin na vida real. Esse jogo de espelhos que reproduz um casal de artistas por intermédio de outro tem sua simbologia traduzida no cenário. No palco alagado, forma-se uma camada d’água, na qual os móveis, roupas e papéis boiam, afundam e submergem de acordo com a tensão dos personagens. Outro recurso interessante é a reprodução de entrevistas radiofônicas de Sylvia e Hughes com as legendas projetadas. Sendo assim, a montagem cativa muito mais pela atmosfera sensorial. Quem não conhecer a vida de Sylvia, que se matou aos 30 anos, sairá do teatro sabendo pouco e provavelmente terá a curiosidade aguçada para ir atrás de sua obra. Estreou em 18/9/2014. Até 14/6/2015.