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Hilda

Comida & Bebida, Lazer & Cultura, Shows & Noite.

Por Dirceu Alves Jr.
Atualizado em 19 mar 2019, 18h40 - Publicado em 17 abr 2018, 14h25
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    Radicada em São Paulo há duas décadas, a atriz mineira Cácia Goulart, de 50 anos, surpreende com caracterizações marcantes a cada trabalho. Foi assim, por exemplo, nas peças BR-3, Bartleby e A Morte de Ivan Ilitch. O impacto não é diferente no drama Hilda, oportuno texto da francesa Marie NDiaye sobre o confronto de classes. A interpretação da artista, calcada em uma proposital afetação, sustenta o interesse do espectador e consegue intrigá-lo diante dos rumos do espetáculo, dirigido por Roberto Audio. Uma típica senhora burguesa, capaz de disfarçar a manipulação por meio de certa polidez, oferece ao marceneiro (papel de Zé Geraldo Jr.) um emprego de doméstica para Hilda, a mulher dele. O salário razoável derruba a resistência inicial do sujeito, e a personagem-título, que jamais se materializa no palco, começa a ser cada vez mais exigida na nova rotina. A patroa desenvolve uma relação obsessiva com a serviçal, moldando seu comportamento e obrigando-a, gradativamente, a abandonar a família. Cácia lucra com o absurdo e tira proveito dos diálogos, investindo em um delírio crescente e patético. Na trilha oposta, um interiorizado Zé Geraldo Jr. sublinha a opressão do personagem com gestos e silêncios que podem apontar uma iminente reação. Menos expressiva é a pequena participação de Beatrix Oliva, importante para o desfecho mas desnivelada do conjunto (100min). 16 anos. Estreou em 27/4/2018.

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