Ferrugem estreia na hora certa, já que foi o vencedor de três prêmios Kikito no recente Festival de Gramado: melhor filme, roteiro e desenho de som. Depois de Para Minha Amada Morta, trata-se do segundo longa-metragem de Aly Muritiba, baiano radicado em Curitiba. Assim como em seu filme anterior, a trama se passa na capital paranaense. Dividida em duas partes, a história começa focando no encontro de Tati e Renet, papéis de Tiffanny Dopke e Giovanni de Lorenzi (foto). Eles trocam olhares numa excursão do colégio, engatam uma paquera e, na sequência, ela perde o celular. Ao voltar à escola, a garota descobre que um vídeo íntimo com seu ex-namorado foi parar no grupo de whatsapp dos colegas. O segundo capítulo é centrado em Renet, que entrou em depressão, mesmo recebendo o carinho do pai (Enrique Diaz) e da mãe (Clarissa Kiste), já divorciados. O enredo transita por algo comum no universo dos adolescentes: o bullying nas redes sociais. Entre a tragédia e a redenção, o diretor/roteirista constrói um retrato contundente das consequências do vício no mundo virtual. Não é um tema muito novo ou original mas, sim, sintonizado com contemporâneo. Direção: Aly Muritiba (Brasil, 2018, 100min). 14 anos. Estreou em 30/8/2018.