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Cópia Fiel

Comida & Bebida, Lazer & Cultura, Shows & Noite.

Por Da Redação
Atualizado em 16 dez 2016, 18h18 - Publicado em 12 out 2010, 09h23
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    Antes ou depois do premiado e controverso “Gosto de
    Cereja” (1997), o cineasta iraniano Abbas Kiarostami
    quase sempre manteve o foco nos problemas e no povo de seu
    país — tanto em ficções, caso de “Através das Oliveiras” (1994),
    como nos documentários, a exemplo de “10 sobre Dez” (2003).
    De uns anos para cá, o diretor decidiu radicalizar ainda mais.
    No dificílimo “Shirin”, de 2008, fez um registro das expressões
    faciais de uma plateia feminina diante da exibição de um filme
    romântico. Há algo também de inusitado, complexo, original
    e bem mais animado no drama “Cópia Fiel”, que deu a Juliette
    Binoche o prêmio de melhor atriz no Festival de Cannes do
    ano passado.
    Em sua primeira fita rodada na Europa, Kiarostami
    acompanha a jornada de uma francesa na Itália. Dona de uma
    galeria em Arezzo, na Toscana, a quarentona interpretada
    por Juliette assiste, por vezes distraída, à palestra do escritor
    britânico James Miller (papel do barítono William Shimell).
    Trata-se de uma apresentação calorosa sobre as obras de arte e suas reproduções, as tais cópias fiéis. Após um breve encontro
    em sua loja, a personagem leva James para um passeio no
    encantador vilarejo de Lucignano. Tudo se passa num único
    dia. No bate-papo com a dona de um café, a protagonista muda
    o rumo da trama dizendo ser mulher do escritor. Os diálogos
    entre eles, antes impessoais e na língua inglesa, passam a ser
    em francês e atingem esferas mais íntimas.
    Quanto há de verdade e mentira no argumento de
    Kiarostami? Talvez nem mesmo o próprio fosse capaz de
    revelar. E é justamente sob o signo do insolúvel que faz a
    brincadeira de “Cópia Fiel” ficar ainda mais curiosa e fascinante.
    Em formidável jogo de cena, os dois atores (sobretudo
    Juliette) se desdobram para dar conta de atuações sob longos
    planos-sequência, uma especialidade do realizador, aqui se
    reafirmando como um dos mais instigantes do cinema atual. Estreou em 18/03/2011.

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