De início, a diretora Teresa Villaverde constrói um eficiente retrato de uma família portuguesa no drama Colo. Ao contrário do promissor cenário econômico que pintam de seu país, a realizadora aborda a crise financeira atingindo um pai desempregado (João Pedro Vaz). Sua esposa faz turno duplo para bancar as despesas e, perdida no mundo dos adultos, a filha de 17 anos (Alice Albergaria Borges) tem de lidar com a gravidez de uma amiga. Se os temas são oportunos e os personagens, críveis, o roteiro se dispersa em situações mal resolvidas. No vício do “cinema de arte”, o filme tem sequências arrastadas e desfecho metafórico. Direção: Teresa Villaverde (Portugal/França, 2017, 1136min). 14 anos.