De Tony Kushner. Reconhecido
como um dos mais competentes encenadores
surgidos na última década, Zé Henrique de
Paula derrapa na condução do ambicioso drama.
Lançado em 2001, o texto do autor americano
traz à tona conexões e colisões entre as culturas do Oriente e do Ocidente. No palco,
porém, o que se vê é uma montagem fatigante,
desconexa em sua proposta e também
nas interpretações. Durante os cinquenta
minutos iniciais, Chris Couto interpreta
uma dona de casa inglesa que,
lendo um guia de viagem, mascara o cotidiano.
Sem o vigor e a segurança necessários,
a atriz colabora para o desinteresse
daquele que parece um extenso e desanimador
prólogo. Na sequência, já no Afeganistão,
o marido da personagem (interpretado
por Sergio Mastropasqua) e a filha
dela (a atriz Kelly Klein) embarcam em
uma jornada para descobrir as causas do
desaparecimento da mulher, que é tida como
morta. Cenários e figurinos bem cuidados
estão em cena, como é praxe nas
peças de Zé Henrique, mas não o suficiente
para reconquistar a atenção do espectador. Estreou em 07/05/2011. Até 12/06/2011.