Mesmo depois de escrever sete livros da saga Harry Potter (transformados em oito filmes), a escritora inglesa J. K. Rowling voltou ao universo dos bruxos para contar uma outra história com os mesmo elementos, só que ambientada algumas décadas antes, exatamente em meados nos anos 20. Animais Fantásticos e Onde Habitam, de 2016, foi o promissor início de uma série de cinco episódios. Com o novo Animais Fantásticos — Os Crimes de Grindelwald , nota-se que a autora tenta introduzir realismo numa trama de fantasia (sobretudo nos derradeiros minutos, que mostram os futuros horrores do Holocausto), mas é preciso paciência para encarar um miolo nada empolgante. Inexpressivo como pede o papel, Eddie Redmayne volta à pele de Newt Scamander, o mago que estuda bichos exóticos e prefere a neutralidade no embate entre os poderosos feiticeiros Dumbledore (Jude Law) e Grindelwald (Johnny Depp, roubando a cena). Mas é preciso tomar partido e, por isso, Dumbledore, diretor da escola de Hogwarts, escala Newt para procurar Credence (Ezra Miller), um orfão de impressionantes poderes, que está sendo seduzido para o lado de Grindelwald. Há personagens menores interpretados por atores de carisma zero. Entre um bocejo e outro, o espectador pode até se divertir com o show de efeitos visuais, uma qualidade que vinha do longa-metragem anterior e que, aqui, ganhou um upgrade. Direção: David Yates (Fantastic Beasts: The Crimes of Grindelwald, EUA/Inglaterra, 2018, 134min). 12 anos. Estreou em 15/11/2018.
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