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Jovem conta detalhes de suposto assédio do pastor Marco Feliciano

Assessor de deputado federal foi preso nesta sexta (5) sob acusação de sequestro e constrangimento à vítima

Por Sérgio Quintella
Atualizado em 1 jun 2017, 16h02 - Publicado em 5 ago 2016, 20h57

A estudante de jornalismo Patricia Lelis, de 22 anos, denunciou nesta sexta-feira (5) o deputado federal Marco Feliciano, do PSC, por assédio sexual. A jovem prestou depoimento durante a tarde no 3ª DP da capital, em Santa Efigênia.

Abaixo, vídeo gravado durante sua passagem pela delegacia:

A ação teria ocorrido no dia 15 de junho, no apartamento funcional do parlamentar, em Brasília. Ex-presidente da juventude do partido, Patricia afirma ter sido convocada ao local para uma suposta reunião. Ao chegar, no entanto, encontrou o deputado sozinho.

“Ele me prometeu um cargo no PSC com salário de 15 000 reais se eu topasse ser sua amante”, contou Patricia. “Eu neguei e ele ficou bravo. Tentou tirar minha roupa à força, me deu um soco na boca e um chute na perna”, completou.

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A mãe da da garota também prestou depoimento e confirmou a agressão.

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“Vi a boca dela machucada, com a marca dos dedos do Feliciano. A perna dela ficou toda roxa por causa de um chute, achei que tivesse quebrado”, diz Maria Aparecida de Souza.Após o episódio, Patricia teria solicitado ajuda ao partido mas, segundo sua denúncia à Polícia, acabou alvo de uma tentativa de suborno por parte do Pastor Everaldo, presidente da sigla, em julho.

“Ele me ofereceu um saco de dinheiro, mas eu neguei”.

Marco Feliciano
Marco Feliciano ()

O caso veio à tona no começo da semana mas, em um primeiro momento, foi desmentido pela própria Patrícia, em um vídeo divulgado na quinta-feira em redes sociaisNesta sexta, no entanto, ela contou à polícia que foi forçada a gravar as imagens pelo chefe de gabinete de Feliciano, Talma de Oliveira Bauer.

“Vim a São Paulo por causa de compromissos profissinais e me hospedei em um hotel no Largo do Arouche. Quando o Bauer soube, foi até lá armado e me forçou a me obrigou a gravar o vídeo”, conta.

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Devido à ameaça, a Polícia Civil deteve Bauer na tarde desta sexta (5) e vai pedir a prisao temporária do assessor sob a acusacao de sequestro, ameaça e constrangimento.

“Ainda estamos apurando as denúncias contra o assessor”, afirma o delegado titular do 3º DP, Luis Roberto Faria Hellmeister. “Quanto ao político, os autos serão enviados para Brasília.”

Antes de ser preso, o chefe de gabinete negou todas as acusações e afirmou que “o pastor Feliciano é um homem correto e religioso”. O deputado não foi encontrado para comentar as denúncias.

Em seu depoimento à polícia, Patricia também afirmou que recebeu uma ligação do Pastor Everaldo na manhã desta sexta, em que ele teria feito ameaças para ela negar o episódio.

Abaixo, o áudio de uma conversa entre Bauer e Patrícia gravada também na manhã desta sexta (5), em que o assessor nega as acusações contra o Pastor Everaldo:

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