Polícia investiga setenta perfis suspeitos de ofensas a Taís Araújo
Justiça determinou que Facebook forneça informações sobre os investigados
A Justiça ordenou que o Facebook apresente à Polícia Civil do Rio informações sobre setenta perfis investigados por postar mensagens racistas contra a atriz Taís Araújo no dia 31 de outubro.
Segundo a polícia, dados parciais foram repassados à Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), que investiga o caso e ainda aguarda informações complementares para identificar os autores das ofensas.
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Quem for identificado será indiciado por injúria racial – a punição pode chegar a quatro anos de prisão uma vez que, nesse caso, foi usada a internet para difundir a ofensa. Se for comprovada uma articulação entre os detratores – hipótese considerada pela polícia -, pode ficar caracterizado também o crime de formação de quadrilha e a pena máxima é oito anos de prisão.
O ator Lázaro Ramos, que lançou recentemente um livro infantil, comentou o recente caso de racismo sofrido por sua esposa, a atriz Taís Araújo. “É preciso respeitar os outros sempre – seja na internet ou na vida”, disse.
Caso similar
A jornalista Maria Julia Coutinho, que apresenta a previsão do tempo no Jornal Nacional, da Rede Globo, também foi vítima de racismo em julho. Uma publicação na página oficial do programa no Facebook, que trazia uma foto da jornalista Maju para ilustrar a chamada “tempo fica firme em grande parte da região central do Brasil nesta sexta”, recebeu diversos comentários preconceituosos.
À época, William Bonner e a equipe do JN saíram em defesa da colega com a hashtag #somostodosmaju.