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Lázaro Ramos comenta racismo sofrido por Taís Araújo

O ator comentou o caso no lançamento de seu primeiro livro infantil em livraria da capital neste sábado (7)

Por Anderson Santiago
Atualizado em 1 jun 2017, 16h31 - Publicado em 7 nov 2015, 15h27

Neste sábado (7), a reportagem de VEJA SÃO PAULO acompanhou o lançamento do segundo livro infantil do ator Lázaro Ramos, chamado Caderno de Rimas do João, na livraria Saraiva do Shopping Pátio Higienópolis. Batemos um papo com o ator, que também está em cartaz na cidade com a peça O Topo da Montanha. Ele falou sobre o processo de criação da publicação para crianças e também comentou o recente caso de racismo sofrido por sua esposa, a atriz Taís Araújo. “É preciso respeitar os outros sempre – seja na internet ou na vida”, disse. Leia entrevista:

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VEJA SÃO PAULO – Você está em cartaz na cidade com a peça O Topo da Montanha, é o protagonista do seriado de TV Mister Brau e está lançando um livro. Como você consegue conciliar tanta coisa ao mesmo tempo?

Lázaro Ramos – Pois é, é intenso. Somente hoje à tarde eu ainda tenho que gravar o meu programa no Canal Brasil e ir para Heliópolis lançar um filme que eu fiz e estreia em 3 de dezembro. Mas é gostoso, pois são coisas que me dão muito orgulho. Antes de ser conhecido, eu tinha um grande desejo de que minha voz fosse escutada pelas pessoas. Agora que todo mundo me ouve eu só tenho que comemorar mesmo.

O Topo da Montanha
O Topo da Montanha ()
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VEJA SÃO PAULO – Como você vê a repercussão da sua peça O Topo da Montanha, em cartaz no Teatro FAAP e na qual você interpreta Martin Luther King ?

Lázaro Ramos – Estreamos há um mês e estamos com casa lotada todos os dias, mesmo em tempos de crise, o que está sendo uma grata surpresa. Esse sucesso se deve muito às qualidades do espetáculo e à maneira com a qual estamos debatendo o tema, dando luz a exatamente aquilo que Martin Luther King pensava. É um espetáculo aconchegante e, apesar da temática um tanto dura, quem assiste participa, de fato, do assunto. A peça captura o espectador.

VEJA SÃO PAULO – É uma grande coincidência você e sua mulher, a Taís Araújo, estarem fazendo juntos uma peça que levanta questões sobre igualdade de raça e ela ter sofrido recentemente ataques racistas, não?

Lázaro Ramos – A peça fica mais útil ainda. É uma coisa que acontece todos os dias e não somente com a Taís. Penso que o alerta é importante: é preciso respeitar os outros sempre – seja na internet ou na vida. Sabe qual é a face mais cruel do racismo? Ele rouba o nosso tempo e o nosso foco. Depois do que aconteceu, eu e Taís estamos tendo que responder algo que nem se refere à gente, mas sim aos racistas.

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+ Polícia apura se ataques racistas contra Taís Araújo foram combinados

VEJA SÃO PAULO – Como surgiu a ideia de lançar um segundo livro infantil e como foi o processo de criação da obra?

Lázaro Ramos  – O primeiro livro foi lançado em 2014, depois de eu ter escrito minha primeira peça – e demorou sete anos para ficar pronto, pois demorei para encontrar o final. Com Caderno de Rimas, o processo foi diferente. Esse livro veio da mania que tenho de explicar as coisas para o meu filho João por meio de rimas, desde palavras mais cotidianas até coisas e sentimentos mais complexos, como morte. Estabeleci esse diálogo com as crianças e resolvi colocar no papel.

VEJA SÃO PAULO – Você planejou escrever para crianças ou aconteceu de repente?

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Lázaro Ramos – Costumo escrever muitos textos sem um foco definido: não sei muitas vezes o que é e nem para quem é. Depois é que vou entender direito. Normalmente, escrevo em momentos em que estou sozinho. É a única hora em que eu ouço, de fato, a minha voz, caladinho comigo mesmo.

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