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Senhor Barriga: “Aprendi a amar o Brasil com o meu avô”

Edgar Vivar, ator que interpreta o personagem em “Chaves” vem a São Paulo mostrar material inédito do programa em show marcado para 18 de setembro

Por Catarina Cicarelli e Anna Carolina Oliveira
Atualizado em 5 dez 2016, 17h49 - Publicado em 24 ago 2011, 19h35

Conhecido por viver o Senhor Barriga e seu filho, Nhono, no seriado “Chaves”, Edgar Vivar, 66 anos, vem pela quinta vez ao país como principal atração do #4FunFest!, programado para o dia 18 de setembro, no Carioca Club. No ano em que a série mexicana completa 40 anos, ele promete mostrar imagens e fotos inéditas do programa que pertencem a seu acervo pessoal.

Em entrevista a VEJA SÃO PAULO, ele fala sobre a relação que tem com o Brasil, que começou quando ainda era pequeno por causa de seu avô, e diz o que faria se pudesse se vingar do Seu Madruga, seu eterno inquilino na série exibida pelo SBT e pelo Cartoon Network.

VEJA SÃO PAULO — O senhor já esteve várias vezes no Brasil. O que te faz voltar tanto para cá?

EDGAR VIVAR — Essa será a quinta vez que visito seu país e espero visitá-lo ainda muitas outras vezes. Perguntar por que gosto do Brasil implica recordar a minha infância. Meu avô paterno escreveu um livro de poemas cujo título era ‘Saudades’ e, quando eu perguntei o significado dessa palavra [que não existe em espanhol], ele me respondeu algo assim: ‘Você ainda é muito pequeno para compreender, mas, quando eu não estiver mais aqui, certamente entenderá o que significa’. Ele era um homem bom e sábio, estudioso de Machado de Assis.

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VEJA SÃO PAULO — Em São Paulo, quais os lugares o senhor mais gostou de conhecer?

EDGAR VIVAR — São Paulo me faz sentir como se estivesse em casa. Gostos dos contrastes. De um lado, vida cultural rica, churrascarias e outras opções gastronômicas e multiétnicas, o lado colonial rico em histórias e os grandes edifícios modernos. Do outro, regiões não tão privilegiadas economicamente. Assim como no México.

VEJA SÃO PAULO —
Aqui no Brasil a série continua sendo um sucesso. É assim também em outros países?

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EDGAR VIVAR — Em maior ou menor escala, o mesmo acontece em todos os lugares em que até hoje os episódios são veiculados. São mais de 25 países.

VEJA SÃO PAULO — Em algum momento, já houve irritação por apenas ser lembrado como o personagem Senhor Barriga?

EDGAR VIVAR — No começo me incomodava, porque eu não tinha ideia da força que a figura do Senhor Barriga possui. Mesmo depois de 40 anos, o programa “Chaves” segue forte e, em alguns lugares, é uma espécie de objeto de culto. Hoje, isso não me incomoda. Talvez fique preocupado no dia em que as pessoas não me chamarem mais assim.

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VEJA SÃO PAULO — Como eram os bastidores da série? Vocês se divertiam com as piadas e situações engraçadas?

EDGAR VIVAR — Mesmo o programa se passando em um ambiente descontraído, durante a gravação final nunca improvisamos nenhuma brincadeira ou piada que não tivesse sido ensaiada anteriormente. Acho que isso colaborou com o sucesso do programa.


VEJA SÃO PAULO — Qual foi o episódio da série que mais marcou o senhor?

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EDGAR VIVAR — Tenho dois programas favoritos e inesquecíveis: quando o Senhor Barriga leva o Chaves para passar as férias em Acapulco e um dos programas de Natal.

VEJA SÃO PAULO — Seus personagens sempre sofriam nas brincadeiras da série. O senhor encarava tranquilamente situações cômicas como pancadas e tortas na cara?

EDGAR VIVAR — Acho que sempre existirá um sentimento de compaixão maior pela vítima, do que pelo que faz dos outros a sua vítima. E isso se aplica no caso do Senhor Barriga, nem tanto no do Nhonho. Todas as vezes que o Senhor Barriga chegava à vizinhança, Chaves o recebia com uma bolada ou algo do tipo. O público começava a rir antes que a própria cena acontecesse. Nunca levei para o lado pessoal.

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VEJA SÃO PAULO — Se o senhor pudesse se vingar de todas as encrencas em que o Seu Madruga meteu o seu personagem, o que faria?

EDGAR VIVAR — O obrigaria a trabalhar muito. E estipularia um horário de trabalho em que ele tivesse de acordar muito cedo.

VEJA SÃO PAULO — O que o senhor fez depois de “Chaves”?

EDGAR VIVAR — Busquei me diversificar. Comecei fazendo teatro clássico. Depois, produzi peças e trabalhei em outros projetos de televisão, como “Vila Sésamo”, e no cinema. Tudo isso no México. Depois me mudei para a Argentina, onde também produzi uma minissérie e trabalhei em outra telenovela. Pouco depois fui convidado pelo diretor Guillermo Del Toro para trabalhar em “O Orfanato”, rodado na Espanha. Voltei para o México e, recentemente, participei de uma telenovela e de vários filmes que espero que o público brasileiro possa ver.

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