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MP pede à polícia que investigue avô de Isabella Nardoni

Em depoimento, testemunha disse para o Ministério Público que Antonio Nardoni orientou filho e nora a simularem acidente em 2008 para acobertarem a morte da menina

Por VEJA SÃO PAULO
Atualizado em 1 jun 2017, 17h08 - Publicado em 17 dez 2014, 19h20

O Ministério Público encaminhou para o Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) um pedido para que seja aberto um inquérito para investigar as denúncias contra Antonio Nardoni. Segundo uma testemunha relatou para o MP, o advogado teria envolvimento na morte da neta, Isabella Nardoni, em 2008. A solicitação foi encaminhada na terça-feira (16), mas divulgada apenas nesta quarta-feira (17).

Na semana passada, uma funcionária do presídio de Tremembé, interior do estado de São Paulo, afirmou em depoimento que Antonio sugeriu simular acidente para acobertar a morte da menina.

+ Madrasta de Isabella Nardoni nega ação do sogro na morte da menina

O advogado é pai de Alexandre Nardoni e sogro de Anna Carolina Jatobá, madrasta da garota que morreu em março de 2008. Alexandre e Anna Carolina foram condenados, respectivamente, a 31 e 26 anos de prisão pela morte de Isabella, à época com 5 anos.

 

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A funcionária, que não teve o nome revelado, afirma que a própria Anna Carolina lhe contou que o sogro havia sugerido que simulassem acidente. De acordo com essa servidora, a detenta assumiu ter agredido a menina em uma discussão no carro depois de terem saído de um supermercado.

Isabella, segundo essa versão, ficou desacorda, e o casal imaginou que ela estivesse morta. A madrasta teria ligado ao sogro, Antonio Nardoni. Neste momento, segundo o depoimento da funcionária do estado, teria orientado a simular que a menina havia caído da janela do apartamento onde moravam, na Zona Norte. Isabella foi jogada ainda com vida do sexto andar do edifício London.

+ Funcionária de prisão diz que avô sugeriu encobrir morte de Isabella Nardoni

Ainda de acordo com o depoimento, Anna Carolina nunca denunciou o sogro porque ele sustenta os netos, filhos de Alexandre e Anna Carolina, e proporciona regalias na prisão, como colchão de melhor qualidade do que dos outros detentos, “queijos” e “brincos”.

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Suzane Richthofen e Anna Carolina Jatobá - Nardoni
Suzane Richthofen e Anna Carolina Jatobá – Nardoni ()

Segundo o programa, a testemunha afirmou em depoimento ao Ministério Público que outras cinco pessoas escutaram quando Anna Carolina revelou os novos fatos.

Após as novas denúncias, Anna Carolina Jatobá negou a participação do sogro no assassinato da enteada. Ao seu advogado, o criminalista Roberto Podval, ela refutou a versão de nova testemunha. “Isso para mim é fofoca. Acho que ela foi, no mínimo, leviana. Já estamos com uma procuração para entrar no caso e a responsabilizar (a testemunha) pelo que ela afirmou”, disse Podval. “Ela falou que ouviu a Anna Carolina falar isso e minha cliente nega.”

“É uma acusação feita publicamente, em rede nacional, sem fundamento e prova nenhuma. Esses assuntos são sérios, e essa pessoa, que não sabemos quem é, pode ser responsabilizada criminalmente”, disse o advogado da família Nardoni.

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