Helicóptero de filho de Alckmin tinha componentes desconectados
Relatório do Cenipa mostra que os "controles flexíveis" e as "alavancas" não estavam funcionando já antes da decolagem
Dois componentes fundamentais para o piloto controlar a aeronave estavam desconectados no voo do helicóptero que caiu em Carapicuíba, na Grande São Paulo, em 2 de abril e que resultou na morte de cinco pessoas, entre elas Thomaz Alckmin, filho mais novo do governador de São Paulo.
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Relatório divulgado nesta terça (2), pela Força Aérea Brasileira (FAB) mostra que os “controles flexíveis” e as “alavancas”, componentes mecânicos que ficam entre o motor e o rotor do helicóptero, estavam desconectados já antes da decolagem. Ainda não se sabe o porquê.
O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), que conduziu as investigações, afirmou na nota que o exame dos destroços demonstra que os danos encontrados nos motores, transmissão principal e de causa, pás do rotor principal e demais componentes foram consequências, e não causas do acidente.
Pelas características da queda, que ocorreu de forma brusca, a primeira hipótese levantada era de que uma das cinco pás que formam a hélice teria se rompido.
O voo de 2 de abril foi o primeiro dessa aeronave após quase dois meses de intervenções previstas de manutenção. As evidências apontam que o comandante estava pilotando o helicóptero em todas as fases do voo.
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Acidente
O filho mais novo do governador Geraldo Alckmin, Thomaz Rodrigues Alckmin, morreu em acidente de helicóptero que ocorreu em Carapicuíba, às 17h10 de 2 de abril, em um condomínio localizado na altura do quilômetro 26 da Rodovia Castello Branco.
A aeronave chegou a atingir uma casa em construção, mas ninguém em solo ficou ferido. Ele tinha 30 anos e era piloto de helicóptero. Auxiliares do governador informaram, no entanto, que Thomaz estava como copiloto no momento do acidente.