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Economistas dão dicas sobre mesada dos filhos e a relação com dinheiro

Além de falarem sobre quantias, os especialistas também dizem como evitar que o consumo se torne um problema

Por Carolina Chagas
Atualizado em 5 dez 2016, 18h34 - Publicado em 2 out 2010, 00h46

Dinheiro é assunto de família. Colocá-lo em pauta desde cedo pode ser um exercício de matemática e tanto, além de uma ótima oportunidade de ensinar os pequenos a lidar com finanças de forma saudável. Uma das maneiras mais eficazes de realizar isso na prática é estabelecer a mesada. A tarefa não é simples, tem regras e, para que dê certo, exige comprometimento de pais e filhos. “O mandamento número 1 é que a quantia e a data combinadas devem ser cumpridas rigorosamente pelo responsável por fazer o pagamento”, diz a educadora Cássia d’Aquino, consultora em educação financeira. “Ao mesmo tempo, a criança tem de saber que, se o dinheiro acabar antes, vai esperar de mãos vazias.”

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Pais que têm dó e antecipam alguma quantia acabam com o trabalho. “Perde-se, então, a chance de ensinar o básico: como administrar os rendimentos e escolher o que e quando comprar com eles”, afirma o economista Gustavo Cerbasi, autor do livro ‘Filhos Inteligentes Enriquecem Sozinhos’ (Editora Gente). É fundamental ainda que pai e mãe estejam envolvidos na tarefa, mas apenas um seja o responsável pelo pagamento. “Isso vale também para casais separados”, avisa Cássia.

Veja as dicas de especialistas no assunto para enfrentar a empreitada com êxito:

A primeira mesada

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Por volta dos 5 ou 6 anos, as crianças começam a realizar operações matemáticas básicas e, por isso, já estão prontas para pensar em finanças de forma simples. Um sinal de que está na hora de ter o próprio dinheirinho é quando demonstram desejo de consumir sozinhas. “São os momentos em que os filhos pedem para, por exemplo, comprar o próprio lanche na escola ou para pagar as figurinhas na banca de revista”, diz Gustavo Cerbasi.

Semanada ou mesada?

Até os 11 anos, ou logo quando começam a receber dinheiro para administrar sozinhas, as crianças têm dificuldade de pensar a longo prazo. Por esse motivo, o ideal é adotar a semanada. A partir dos 8 anos, aquelas que já estão habituadas ao procedimento desde cedo podem começar a receber quinzenalmente. Depois dos 11, então, devem estar aptas a lidar com a mesada. De qualquer forma, é necessário acompanhar de perto o que está acontecendo. “Se o dinheiro começar a faltar repetidas vezes, é bom o adulto voltar atrás e fazer o pagamento a cada duas semanas, até que o filho recupere um bom ritmo”, avisa Cerbasi.

A quantia depende da idade

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A educadora Cássia d’Aquino propõe uma fórmula matemática para resolver o problema. Até os 10 anos de idade, deve-se calcular 1 real para cada ano de vida por semana. “Ou seja, quem tem 7 anos recebe 7 reais. Já quem tem 10 recebe 10 reais”, orienta. A partir dos 11 e até os 14 anos, o valor sobe para 8 reais por idade. “A diferença de pagamentos deve ser mantida mesmo no caso de famílias com filhos em idades diversas”, diz. Gustavo Cerbasi acredita que o valor pode variar de acordo com o perfil familiar e deve ser calculado com base nas necessidades da criança. Enquanto os pequeninos consomem, no máximo, figurinhas, os pré-adolescentes pagam o cinema ou o cabeleireiro.

Incentive a poupança

A mesada é também um jeito de criar o hábito de poupar. Tudo proporcionalmente à idade. “Crianças pequenas não conseguem esperar mais de três semanas para gastar o que acumularam”, afirma Cássia. E os pais devem ajudar na escolha do objeto de desejo para garantir que seja possível comprá-lo. Para facilitar a organização, o ideal é separar dois lugares para armazenar o dinheiro. Uma carteira ou um envelope para os gastos correntes, e uma caixa com tampa ou fecho para as economias. Nada de cofres que precisam ser quebrados para abrir.

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