“Luis Antonio – Gabriela” abre mostra “Todos os Gêneros” no Itaú Cultural
A década pouco passou de sua metade, mas já se pode afirma sem medo que “Luis Antonio – Gabriela” é um dos melhores espetáculos produzidos em São Paulo nos anos de 2010. E, para quem não viu, eis mais uma oportunidade. A montagem da Cia. Mungunzá de Teatro, concebida e dirigida por Nelson Baskerville, abre […]
A década pouco passou de sua metade, mas já se pode afirma sem medo que “Luis Antonio – Gabriela” é um dos melhores espetáculos produzidos em São Paulo nos anos de 2010. E, para quem não viu, eis mais uma oportunidade. A montagem da Cia. Mungunzá de Teatro, concebida e dirigida por Nelson Baskerville, abre a “Todos os Gêneros – Mostra de Arte e Diversidade”, que ocupará o Itaú Cultural durante nove dias a partir do sábado (25).
O tema da diversidade e sexualidade será discutido em uma intensa agenda de filmes, peças. shows e música. “Luis Antonio – Gabriela”, por exemplo, ganha o palco no sábado, às 20h, e domingo, às 19h, com entrada franca. Os ingressos podem ser retirados duas horas antes no local.
Mas por que “Luis Antonio – Gabriela” é tão bom? Aqui o tema da sexualidade é discutido de forma abrangente, sem jamais perder a delicadeza e apoiado em uma dramaturgia capaz de testar certezas e preconceitos. Com admirável coragem, Baskerville mexe em sua história. Seu irmão mais velho, Luis Antonio (interpretado por Marcos Felipe) era homossexual e viveu em Santos até os 30 anos, quando se mudou para a Espanha. Durante três décadas, quase nada se soube dele, que, em Bilbao, assumiu a identidade de Gabriela, protagonizou shows em boates e acabou vitimado pela aids em 2006. Lucas Beda, Sandra Modesto, Verônica Gentilin, Day Porto e Virginia Iglesias completam o elenco.
O espetáculo “Joelma”, levado há um mês na Caixa Cultural, ganha sessão na segunda (27), às 20h. Criado e protagonizado por Fábio Vidal, o monólogo trata de uma das transexuais mais antigas do Brasil. Baiana, ela viveu por três décadas em São Paulo, fez cirurgia de troca de sexo e, de volta para a terra natal, ainda enfrentou muitos obstáculos.
Montagem do Teatro dos Extremos, “O Homossexual ou a Dificuldade de se Expressar” faz as primeiras apresentações por aqui na terça (28) e quarta (29), às 20h, depois de bem-sucedida carreira no Rio de Janeiro. O texto do franco-argentino Raul Damonte Botana, o Copi (1939-1987), dirigido por Fabiano de Freitas, traz duas personagens exiladas na Sibéria por terem mudado de sexo.
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