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Lázaro Ramos traz a São Paulo a “melanina acentuada”

Houve um tempo não muito distante em que era comum o ator pintar a pele de preto na hora de montar, digamos, “Otelo”. Paulo Autran foi um deles, na encenação de Adolfo Celi para a tragédia shakesperiana em 1956. Sérgio Cardoso fez o mesmo ao protagonizar a novela “A Cabana do Pai Tomás” na Rede […]

Por Dirceu Alves Jr.
Atualizado em 27 fev 2017, 11h53 - Publicado em 8 nov 2012, 18h53

Flávio Bauraqui a Aldri Anunciação na peça “Namíbia, Não!”, que estreia dia 29 no Teatro de Arena (Fotos: Crisna Pires)

Houve um tempo não muito distante em que era comum o ator pintar a pele de preto na hora de montar, digamos, “Otelo”. Paulo Autran foi um deles, na encenação de Adolfo Celi para a tragédia shakesperiana em 1956. Sérgio Cardoso fez o mesmo ao protagonizar a novela “A Cabana do Pai Tomás” na Rede Globo. E isso já era 1969. Por mais absurdo que esse papo possa soar em um país como o Brasil, a coisa mudou nas décadas seguintes, claro, mas não tanto assim. Por essas e outras, o ator Lázaro Ramos e o dramaturgo Aldri Anunciação lideram o projeto “Nova Dramaturgia da Melanina Acentuada”, que chega a São Paulo no próximo dia 29 e se estenderá até março no Teatro de Arena Eugênio Kusnet.

A primeira atração será comédia “Namíbia, Não!”, que marcou a estreia de Lázaro na direção e viajou por várias capitais brasileiras nos últimos dois anos. Flávio Bauraqui interpreta um estudante de Direito em inusitado conflito ao lado de um bem-sucedido advogado (papel de Anunciação, também autor do texto). Numa manhã, eles são surpreendidos por uma lei que obriga todos os negros a serem capturados e enviados imediatamente a um país africano. Em discussão, temas como identidade e racismo, com humor e uma alta dose de crítica. A montagem ficará em cartaz de quintas a domingos, às 20h, até 17 de fevereiro, com ingressos a R$ 20,00.

Durante esses três meses, serão apresentados ainda outros dez espetáculos, entre adultos e infantis, a maioria de autores negros e baianos, que cumpriram temporadas nos palcos nordestinos. Oito leituras ainda pretendem trazer à tona novos dramaturgos e um ciclo de palestras reunirá nomes como Joel Zito Araújo, Márcio Meireles e Lázaro Ramos. Tudo no velho e bom Teatro de Arena, palco de tanta coisa que mexeu com a cabeça dos paulistanos nas últimas cinco décadas e anda tão abandonado ali na Teodoro Baima, quase na Consolação.

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Aldri Anunciação e Lázaro Ramos, organizadores do projeto “Nova Dramaturgia da Melanina Acentuada”

 

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