Vinte reais e um Eataly a desbravar
Muito já se falou dos números superlativos do Eataly, o shopping gastronômico com sede em Turim, inaugurado por aqui em maio. Desde os mais de 40 milhões de reais gastos em sua construção até o estoque de 7 000 itens, passando pelos ingredientes cujos preços chegam facilmente aos três dígitos. Daí surgiu uma pergunta que […]
Muito já se falou dos números superlativos do Eataly, o shopping gastronômico com sede em Turim, inaugurado por aqui em maio. Desde os mais de 40 milhões de reais gastos em sua construção até o estoque de 7 000 itens, passando pelos ingredientes cujos preços chegam facilmente aos três dígitos. Daí surgiu uma pergunta que não queria calar: dá para ser feliz nesse lugar com uma modesta nota de 20 reais? Ciente de que um bombom de chocolate é capaz de abocanhar sozinho um quarto desse valor, no último dia 26 ultrapassei sua faustosa fachada de vidro dispondo tão somente do parco recurso – que, na ocasião, era inversamente proporcional ao meu apetite. Vamos aos fatos.
Primeira parada: Il Pane
Sim, os pães do Eataly são de dar água na boca. E, sim, eles são caríssimos, como era de se esperar (qualquer filãozinho não sai por menos de 12 reais). A saída? Uma bela fatia de focaccia margherita, com molho de tomate, mussarela de búfala e manjericão. Ok, não tããão generosa, mas ainda assim uma delícia. Saiu por 4,14 reais.
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Segunda parada: Caffè Vergnano
Já no mezanino, chamou atenção na cafeteria a placa que anunciava pão de queijo por 3,50 reais. Como estava em falta naquele espaço, me foi sugerido retornar à padaria, onde eu encontraria o mesmo item. Dito e feito. O quitute não é tão pequeno, tem mais ou menos o tamanho de uma bola de tênis. Ponto positivo: boa quantidade de queijo na massa. Ponto negativo: veio um tanto massudo. Só faltou o café para acompanhar, o que me levou à parada seguinte.
+ Tabulêro Sim: acarajé, cocada e outras gulodices baianas que custam a partir de 3 reais
Terceira parada: Lavazza
Difícil não por os olhos nos bolos e tortas sobre o balcão que leva a assinatura da Lavazza. O jeito foi pedir um expresso (agora sim!) na companhia da generosa fatia de bolo de chocolate, bem fofinho. O primeiro custou 4,50 reais e o segundo, 5 reais – por este mesmo preço, era possível encarar uma crostata de maçã, só que o pedaço era mais miúdo. De qualquer modo, o que se teve foi uma bela dupla, que veio na bandeja acompanhada de um shot de água com gás, como se deve. Hora de contar as moedas e constatar que sobraram somente 2,86 reais.
Quarta (e última) parada: gôndolas
Lembra que um único bombom pode custar até 5 reais? Então… não há muito o que fazer se não pegar uma água com gás (2,10 reais), seguir para o caixa e embolsar os 76 centavos restantes – no caso, uma moeda de 50 e outra de 25, já que um deles ficou perdido no caminho. No fim, valeu como um bom lanchinho, com certeza. Só restou aquela sensação de que faltou alguma coisa (mais exatamente 12 reais para poder comprar o tentador tiramissu que cintilava na vitrine da confeitaria).
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