Saúde

CoronaVac entra na fase final de testes e Brasil pode iniciar imunização em janeiro

“Estamos muito próximos de termos uma vacina”, afirmou Dimas Covas em coletiva de imprensa

Por Redação VEJA São Paulo SEGUIR SEGUINDO
Atualizado em 23 nov 2020, 13h35 - Publicado em 23 nov 2020, 13h27

Na coletiva para anunciar a parceria com a Sinovac: doses serão gratuitas

O governo de São Paulo anunciou, nesta segunda-feira (23), em coletiva de imprensa no Instituto Butantan, que a CoronaVac atingiu o número mínimo de infectados pela Covid-19 necessários para entrar na fase final. Diretor do Instituto, Dimas Covas afirmou que “estamos muito próximos de termos uma vacina”.

Jean Gorinchteyn, secretário estadual da Saúde, disse que é esperado iniciar a campanha de imunização no começo do próximo ano. “A expectativa é que já no mês de janeiro próximo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Anvisa, tenha aprovada a CoronaVac e com as 46 milhões de doses disponíveis, o Instituto Butantan, e em conjunto com o programa nacional de imunizações, poderá vacinar brasileiros”.

A fase 3 dos estudos dividiu os voluntários em dois grupos iguais em que metade recebe a vacina e a outra metade, um placebo, sem que eles saibam qual das duas opções foi aplicada. Para que a análise fosse concluída, era preciso que no mínimo 61 casos de Covid-19 ocorressem entre os 13 mil voluntários, independentemente de qual grupo pertencessem. Foram 74 infectados registrados ao todo.

“Teremos a divulgação logo na primeira semana de dezembro pelo Comitê Internacional Independente sobre a eficácia da vacina, do quanto ela é capaz de proteger na vida real contra o coronavírus. Assim que divulgados esses resultados, eles serão encaminhados para a Anvisa, para seu reconhecimento e chancela”, explicou o secretário estadual da Saúde.

Dimas Covas afirmou que, em um primeiro momento, a vacina deve ser distribuída para pessoas pertencentes aos grupos de risco para a doença.