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Prefeitura nega que covas em cemitério foram abertas por causa da pandemia

Imagem foi destaque em jornal norte-americano; prefeito Bruno Covas disse que procedimento é padrão após período de chuvas

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
3 abr 2020, 18h24

O prefeito Bruno Covas (PSDB) alegou nesta sexta-feira (3) que as covas abertas no cemitério da Vila Formosa, na Zona Leste de São Paulo, não foram feitas por causa da pandemia do novo coronavírus. Em coletiva de imprensa, o prefeito declarou que a abertura de dezenas de covas em filas é o procedimento padrão dos cemitérios municipais nessa época do ano, quando encerra o período de chuvas. A imagem aérea do local foi capa do jornal norte-americano The Washington Post na quinta (2).

“A imagem é real, mas é importante esclarecer que ela não tem nenhuma relação com o período que passamos. Todo os anos, ao final do período de chuvas, isso é feito nos cemitérios municipais para preparar o cemitério para o ano todo”, disse. “Portanto não há nenhuma novidade sobre o que foi feito em 2019, 2018, 2017. Essa imagem pode ser feita todos os anos nos cemitérios municipais. Ela não foi feita excepcionalmente por causa do coronavírus.”

Com a imagem do cemitério, o The Washington Post afirmou que o “contágio pode esmagar o mundo em desenvolvimento” e que “os países do hemisfério sul demoraram para reagir”. Relembrou, ainda, que o presidente Jair Bolsonaro chegou a tratar a doença como uma “fantasia”.

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Na quinta-feira (2), o presidente Jair Bolsonaro foi questionado sobre a capa da publicação durante entrevista à radio Jovem Pan e declarou que a notícia é fruto de “sensacionalismo”. “Mandei levantar se não era uma fake news. Parece que não é. Se não for, que vergonha, prezado prefeito Bruno Covas. Está buscando sensacionalismo em cima de pessoas que podem morrer pela contaminação da Covid-19”, declarou.

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Cemitério vertical

Em reportagem publicada esta semana, a Vejinha conversou com servidores dos 22 cemitérios públicos da capital paulista. O diagnóstico deixa a entender que o Serviço Funerário Municipal flertava com um colapso. Com o surto da Covid-19, o número de mortos pode chegar aos milhares (uma pesquisa do Instituto Butantan projeta para o estado 111 000 óbitos).

Na segunda-feira (30), a prefeitura contratou 220 sepultadores provisórios. A cidade contava com 257, mas 60% deles estavam afastados por ter mais de 60 anos, grupo de risco da Covid-19. A primeira leva começou a trabalhar na própria segunda.

O plano contra o “apagão funerário” inclui, entre outras medidas, a construção de um cemitério vertical em São Paulo. Ele terá capacidade para 1 000 corpos e será erguido no Cemitério São Pedro, onde fica o crematório da Vila Alpina.

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