Município em SP conclui imunização contra Covid-19 neste domingo (11)
Nenhum paciente foi intubado nos últimos dez dias em Serrana, onde vacinação em massa foi feita pelo Projeto S
A cidade de Serrana, no interior de São Paulo, conclui neste domingo (11) aplicações da segunda dose de CoronaVac, vacina contra a Covid-19.
Desde fevereiro, o município sedia projeto inédito do Instituto Butantan – o Projeto S – para testar os efeitos da imunização em massa na população com mais de 18 anos (não incluindo mulheres grávidas). Um total de 28 mil dos 45,6 mil habitantes devem estar imunizados até o final do dia de hoje.
A proteção contra o coronavírus acontece 15 dias após tomar a segunda dose, de acordo com pesquisadores do Butantan. Os primeiros resultados oficiais do estudo só sairão nas primeiras semanas de maio. Entretanto, a cidade já nota bons resultados. Léo Capitelli (MDB), prefeito de Serrana, comemora que há dez dias nenhum paciente foi intubado na região.
“Não podemos ainda afirmar que isso tem uma correlação com a vacinação, mas tudo leva a crer que sim, uma vez que 20 dias atrás a gente estava com um caos aqui no sistema de saúde, assim como em todo o país, e nos últimos dez dias a gente teve uma notória diminuição”, afirmou.
A imunização em massa foi setorizada em quatro regiões diferentes e separadas em grupos denominados por cor – verde, amarelo, cinza e azul – que receberam as doses sucessivamente a cada semana. Vale lembrar que os lotes das vacinas foram exclusivos para o projeto, separados dos que foram distribuídos pelo governo federal.
Serrana foi escolhida para o Projeto S pelo número populacional baixo, por estar próxima a Ribeirão Preto – referência nacional em saúde – e de ter apresentado dados preocupantes de transmissão do novo coronavírus em um inquérito sorológico realizado pelo Instituto Butantan em 2020.
Entre os principais resultados esperados estão a eficiência da vacinação na redução de casos de Covid-19, a queda na transmissão do vírus e o impacto na redução da carga de doença.
O estudo foi autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), aprovado pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa
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