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Dez mitos sobre o Covid-19, o coronavírus

Notícias falsas sobre alimentos que seriam forma de prevenção e substitutos do álcool em gel circulam na internet

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
16 mar 2020, 15h41
 (Pete Linforth/Pixabay/Divulgação)
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Com o aumento do número de casos de coronavírus, Covid-19, no Brasil, o governo passou a adotar medidas mais enfáticas no combate a pandemia. Na última sexta (13), João Doria (PSDB) afirmou que todas as escolas de rede pública no estado de São Paulo irão suspender as atividades gradualmente por tempo indeterminado a partir de 23 de março.

Eventos sob responsabilidade da administração pública com mais de 500 pessoas foram canceladas, e a recomendação é a mesma para o setor privado. Com a expectativa que o número de casos aumente nas próximas semanas, surgem diversos boatos nas redes sociais sobre como combater o problema. As notícias falsas vão de alimentos que poderiam ser usados como prevenção ao vírus, alternativas ao álcool em gel para a limpeza das mãos, formas de contaminação que viriam por produtos industrializados da China… Separamos uma lista com dez boatos sobre o Covid-19. Confira:

  • Álcool em gel caseiro e vinagre

Não faltam posts em sites duvidosos e vídeos no YouTube que ensinam uma receita de álcool em gel caseiro. Um vídeo feito por um homem que se intitula como “químico autodidata” afirma que o produto industrializado é ineficaz como antisséptico. Outras publicações afirmam que o vinagre seria uma alternativa ao álcool em gel das farmácias.

As duas informações são falsas. O Conselho Federal de Química soltou uma nota sobre a repercussão das publicações, reforçando suas propriedades antissépticas. O chamado “álcool em gel caseiro”, com receitas que incluem até mesmo vodka, é ineficaz na prevenção à doença. O vinagre que é comprado nos mercados tem como princípio ativo o ácido acético, que mata bactérias, mas vem em uma concentração muito baixa no produto. Não há evidências que o vinagre é eficaz contra o coronavírus.

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  • Animais podem ser infectados ou transmitir o coronavírus

A Sociedade Brasileira de Pneumonia e Tisiologia esclarece que a informação é um mito. “Não há evidências de que animais domésticos podem ser via de transmissão do coronavírus, mas se recomenda sempre lavar as mãos após brincar com os pets”.

  • Chá de erva doce e vitamina C é eficaz contra o coronavírus
  • Chá de abacate com hortelã previne contra o Covid-19
  • Uísque com mel cura pacientes com coronavírus
  • Chineses descobriram três medicamentos eficazes contra o coronavírus
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Os itens acima falam de alimentos e medicamentos que seriam eficazes na prevenção ao vírus, e até mesmo, formas de cura. A Vejinha contatou o Ministério da Saúde, que mantém uma página no site da pasta desmentindo boatos sobre o Covid-19, e é enfático: não há até o momento nenhuma forma de cura contra o coronavírus. E não existe, até agora, a comprovação de que qualquer tipo de alimento ou medicamento é eficaz na prevenção ou no combate ao vírus.

  • Plástico bolha da China tem ar contaminado com o coronavírus

O Ministério da Saúde afirma que “não há nenhuma evidência que produtos enviados da China para o Brasil tragam o novo coronavírus”. Segundo a pasta, o vírus não sobrevive muito tempo fora do corpo de seres vivos: no máximo, 24 horas. A patologia só é transmitida entre humanos.

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  • Taxa de mortalidade do Covid-19 é maior do que outros coronavírus

A afirmação é falsa. Um estudo do Centro Chinês de Controle e Prevenção de Doenças aponta que a taxa geral de mortalidade do vírus é de 2,3%. A síndrome respiratória aguda grave (Sars), outro coronavírus, tinha taxa média de 10%. A síndrome respiratória do Oriente Médio (Mers), da mesma classificação, tem taxa que varia de 20% a 40%.

  • Beber água a cada 15 minutos
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Um vídeo que circula nas redes sociais afirma que beber água a cada 15 minutos é uma forma de “tirar todas as bactérias da boca”, e seria, portanto, uma medida para a prevenção ao coronavírus. A informação é atribuída ao hospital de Stanford, nos Estados Unidos. A instituição soltou uma nota afirmando que a recomendação não veio do hospital e que é imprecisa, portanto, não pode ser considerada como confiável no combate ao coronavírus.

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