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Fiocruz usa sequenciamento de DNA para pesquisar Covid grave em jovens

Objetivo é investigar chave genética que pode ter levado à morte

Por Agência Brasil
Atualizado em 8 jun 2022, 12h12 - Publicado em 8 jun 2022, 12h09

Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Pernambuco está usando sequenciamento genético para tentar explicar por que pessoas com menos de 60 anos sem nenhuma doença crônica desenvolveram casos graves de Covid-19 que levaram inclusive à morte. O diferencial do estudo é trabalhar com o sequenciamento completo do DNA. Os dados estão sendo analisados pela instituição.

Segundo a Fiocruz, a maior parte das pesquisas atualmente em curso sequencia apenas 2% do DNA humano. Ao todo, a Fiocruz Pernambuco realizou o sequenciamento do genoma de 207 pacientes, sendo 168 deles jovens que tiveram a covid-19 em sua forma grave precisando ser encaminhados a unidade de terapia intensiva (UTI) ou, em alguns casos, registrando o óbito. Também foi feito o sequenciamento de 39 idosos com comorbidades que tiveram a forma leve da doença, para comparação.

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O objetivo é investigar qual chave genética, molécula ou mutação no DNA pode ter levado estes pacientes à morte. Com os dados é possível saber, por exemplo, se a pessoa que sofreu mutação em determinada molécula tem maiores chances de morrer. De acordo com a Fiocruz, com essa informação, é possível desenvolver medicamentos que atuem em uma mutação específica.

Além da Fiocruz Pernambuco, da Fiocruz Bahia e do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), o projeto envolve mais três instituições: o Hospital Português (PE) e as universidades federais da Bahia e do Vale do São Francisco.

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Covid grave em jovens

Segundo a Fiocruz, foram registrados mais casos graves e mortes devido à covid-19 entre pessoas idosas vivendo com comorbidades, como diabetes, hipertensão e obesidade. A ciência ainda não sabe explicar a razão pela qual casos graves da doença ocorreram também em pessoas saudáveis com menos de 60 anos.

As amostras de sangue usadas no estudo desenvolvido pela Fiocruz e parceiros foram coletadas de pacientes de sete estados (Bahia, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul) entre de agosto de 2020 e agosto de 2021. A maioria com idade entre 39 e 42 anos. Nenhum dos pacientes envolvidos havia tomado a vacina contra a doença.

O sequenciamento genético já foi concluído e gerou mais de 15 terabytes de dados que agora estão em análise. O material foi processado na Fiocruz Pernambuco. Ao final do estudo, os sequenciamentos serão, de acordo com a instituição, lançados em bancos de dados internacionais para acesso livre.

A pesquisa está sendo desenvolvida com recursos do edital Inova da Fiocruz e com aporte financeiro dado pela Vice-presidência de Pesquisa e Coleções Biológicas (VPPCB) da fundação.

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