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ButanVac: Instituto Butantan fala sobre tecnologia dos EUA

Reportagem apontou que parte da pesquisa foi desenvolvida em hospital de Nova York; órgão paulista rebateu

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 27 mar 2021, 17h46 - Publicado em 27 mar 2021, 17h44

O Instituto Butantan se pronunciou por meio de nota após uma reportagem publicada na sexta-feira (27) do jornal Folha de S. Paulo revelar que parte da tecnologia da ButanVac, divulgada como 100% nacional, veio da Escola de Medicina Icahn do Instituto Monte Sinai, de Nova York, Estados Unidos.

De acordo com o jornal, o imunizante contra a Covid-19 foi desenvolvido nos EUA e três estudos publicados em revistas científicas falam sobre a vacina. As publicações divulgam tanto o imunizante desenvolvido com um vírus inativo da doença de Newcastle (gripe aviária com vetor que carrega a proteína da Covid-19), quanto testes em animais.

No comunicado, o Butantan afirmou que a ButanVac será “100% nacional”, como informado anteriormente. Disse que firmou uma parceria e tem a licença de uso e exploração de parte da tecnologia, que foi desenvolvida pela Icahn School of Medicine, como disse a Folha de S.Paulo.

“O uso dessa tecnologia é livre do pagamento de royalties e pode ser feito por qualquer instituição de pesquisa em qualquer parte do mundo. Isso foi adotado com o objetivo de acelerar o desenvolvimento de vacinas contra o coronavírus”, afirma o Butantan.

Mas, de acordo com o instituto, “não se tem uma vacina apenas com essa tecnologia de obtenção do vírus”. Afirmou que etapas como a multiplicação do vírus, condições de cultivo, ingredientes, adaptação aos ovos, conservação, entre outros, foi completamente desenvolvida com “tecnologia do Butantan”.

“É importante ressaltar que a ButanVac é e será desenvolvida integralmente no país, e o consórcio internacional tem um papel importantíssimo na concepção da tecnologia e no suporte técnico para o desenvolvimento do imunobiológico”.

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Cita também a matéria da Folha, e comenta que a reportagem “traz um comunicado não oficial de um pesquisador da instituição norte-americana”. De acordo com o jornal, Peter Palese, diretor e professor do departamento de microbiologia do instituto, fonte da informação, é detentor da patente e responsável pelo desenvolvimento da vacina no hospital.

Confira abaixo a nota completa do Butantan:

O Instituto Butantan esclarece que a produção da ButanVac, primeira vacina brasileira contra o novo coronavírus, será 100% nacional, conforme anunciado na manhã desta sexta-feira, 26/3, em coletiva de imprensa.

Para isso, firmou parceria e tem a licença de uso e exploração de parte da tecnologia, que foi desenvolvida pela Icahn School of Medicine do Hospital Mount Sinai de Nova Iorque, para obter o vírus. O uso dessa tecnologia é livre do pagamento de royalties (royalty free) e pode ser feito por qualquer instituição de pesquisa em qualquer parte do mundo. Isso foi adotado para essa tecnologia com o objetivo de acelerar o desenvolvimento de vacinas contra o coronavírus.

Contudo, não se tem uma vacina apenas com essa tecnologia de obtenção do vírus. Nesse ponto começa o desenvolvimento da vacina completamente com tecnologia do Butantan. Entre as etapas feitas totalmente por técnicas desenvolvidas pelo instituto paulista, estão a multiplicação do vírus, condições de cultivo, ingredientes, adaptação aos ovos, conservação, purificação, inativação do vírus, escalonamento de doses, estudos clínicos e regulatórios, além do registro.

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É importante ressaltar que a ButanVac é e será desenvolvida integralmente no país, e o consórcio internacional tem um papel importantíssimo na concepção da tecnologia e no suporte técnico para o desenvolvimento do imunobiológico, algo imprescindível para uma vacina segura e eficaz.

No Brasil, o desenvolvedor da vacina é o Instituto Butantan. A vacina, portanto, é brasileira e dos brasileiros. A matéria publicada pela Folha de S. Paulo traz um comunicado não oficial de um pesquisador da instituição norte-americana. A instituição não autorizou a divulgação de seu nome em comunicados oficiais do Butantan sobre a nova vacina.

Comunicados conjuntos serão feitos pelos integrantes do consórcio no momento oportuno, incluindo a instituição citada pela Folha.

A vacina é do consórcio. A ButanVac é brasileira.

 

 

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