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Dose única da Janssen é menos eficaz contra variante delta, sugere estudo

Segundo o trabalho, uma dose de reforço seria o ideal para resposta imune satisfatória; laboratório contesta

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 27 Maio 2024, 19h54 - Publicado em 22 jul 2021, 14h40
Caixa da vacina Janssen com a frase: Janssen Covid-19 Vaccine
Vacina da Janssen (Secretaria Municipal da Saúde/Divulgação)
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A vacina contra a Covid-19 feita pela farmacêutica Janssen, da Johnson&Johnson, é muito menos eficaz contra as variantes delta e lambda do que contra a cepa original do vírus, segundo novo estudo preliminar realizado com o imunizante e publicado na terça-feira (20) e divulgado pelo jornal americano The New York Times. 

As conclusões do estudo reforçam a teoria da comunidade científica de que as pessoas vacinadas com a Janssen talvez precisem receber uma segunda dose. Esse reforço, segundo os autores da pesquisa, teria que ser preferivelmente com as vacinas da Pfizer/BioNTech ou da Moderna, por conta da tecnologia de mRNA (RNA-mensageiro).

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O estudo, porém, não confirma as conclusões de estudos menores publicados pela Johnson&Johnson no início deste mês, que sugeriram eficácia satisfatória da vacina de dose única contra a variante. Também não foi revisado por pares (etapa necessária do processo científico) nem publicado em um jornal científico e se baseia em experimentos em laboratório.

Entretanto, o estudo é consistente com observações de que uma única dose da vacina AstraZeneca — que tem tecnologia semelhante à da Janssen — mostra eficácia de apenas 33% contra a doença sintomática causada pela variante delta.

“A mensagem que queríamos passar não é que as pessoas não devem tomar a vacina da Janssen, mas esperamos que no futuro ela seja reforçada com mais uma dose dela própria ou uma da Pfizer ou da Moderna”, disse Nathaniel Landau, virologista na Escola de Medicina Grossman da Universidade de Nova York, que liderou o estudo.

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Seema Kumar, porta-voz da Johnson&Johnson, afirma que os dados do novo estudo “não falam sobre a natureza completa da proteção imune”. Segundo ela, estudos patrocinados pela empresa indicam que a vacina “gerou atividade forte e persistente contra a variante delta de rápida disseminação”.

Nos EUA, a FDA (agência de alimentos e drogas do país) disse que os americanos totalmente vacinados ainda não precisam de dose de reforço e que não mudará sua recomendação com base em estudos de laboratório.

A variante delta, originária da Índia, é a versão mais contagiosa até agora do coronavírus. Ela representa 83% das infecções nos Estados Unidos, segundo Rochelle Walensky, diretora do CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças), em audiência no Senado nesta semana. A variante, que também preocupa o Brasil, pode ser a principal responsável pelo aumento recente das infecções no mundo e preocupa a Organização Mundial da Saúde (OMS). Por aqui, o Instituto Butantan já iniciou estudos clínicas para avaliar a eficácia da CoronaVac contra a variante.

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