Do total de casos de Ômicron na União Européia, 1,14% levou a internação
Risco de internação é de 50% a 60% menor do que a variante Delta; 24% dos contaminados pela nova variante são assintomáticos
Um relatório divulgado nesta sexta-feira (21) pelo ECDC (Centro Europeu para o Controle e Prevenção de Doenças), indica que a nova variante do coronavírus, a Ômicron, tem risco de 50% a 60% menor de internação do que a variante Delta.
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Dos 155,15 mil casos da variante Ômicron sequenciados na última semana epidemiológica, de 20 de dezembro de 2021 a 9 de janeiro de 2022, 1,14% levaram à hospitalizações, sendo que apenas 0,16% precisaram de cuidados de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), e 0,06% morreram.
Os responsáveis pelo levantamento indicam que os primeiros estudos confirmam que as vacinas podem ser menos eficazes contra as infecções pela Ômicron, porém, oferecem proteção contra hospitalizações e agravamento da doença.
Eles ponderam que há aumento exponencial de casos da Ômicron na região, o que pode interferir no resultado absoluto de hospitalizações em breve.
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Os dados constantes da atualização semanal divulgada pelo ECDC são coletados junto a TESSy (Sistema Europeu de Vigilância) e o Gisaid EpiCov, o banco global de informações da OMS (Organização Mundial de Saúde).
O relatório indica que a variante Ômicron foi identificada em todos os países da União Européia. Dos países do bloco, 23 fizeram o sequenciamento genético de forma adequada e os dados resultantes dessas análises indicam que a prevalência média da Ômicron no bloco chega a 69,4%, sendo que em alguns países ela avançou 20% em relação a semana epidemiológica anterior.
Por se tratar de uma média, em alguns países ela está com presença muito maior, como no caso da Finlândia (99,9%) Bélgica (99,7%), Áustria (95,4%) e Chipre (93,9%). Na outra ponta estão Letônia (5,8%), Polônia (26,2%), e Eslováquia (29,9%).
Assintomáticos e idade
Dos 155,15 mil casos da variante Ômicron sequenciados, 111 946 (72%) tiveram dados relativos aos sintomas. Destes, quase um quarto, ou 27 284 (24%), eram assintomáticos. Outros 83 662 (76%) apresentaram os sintomas.
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A média de idade dos contaminados é entre os mais jovens, de 20 anos a 33 a nos de idade, e apenas 75% tinham mais de 60 anos.
A maior parte dos casos (93%) foram adquiridos localmente, o que indica alta transmissão comunitária da doença no bloco.