Covid: João Doria diz que SP começará a vacinar população em janeiro

"Não vamos aguardar março", disse o governador em referência a cronograma do governo federal apresentado na terça (1º)

Por Redação VEJA São Paulo SEGUIR SEGUINDO
Atualizado em 27 Maio 2024, 16h56 - Publicado em 3 dez 2020, 13h19

Vacinação contra a Covid-19 em São Paulo

João Doria, governador de São Paulo, disse em coletiva nesta quinta-feira (3) que o estado vai começar a vacinar em janeiro. Ele também fez referência ao cronograma preliminar divulgado pelo Ministério da Saúde que prevê início da vacinação em março no Brasil.

“Em São Paulo, de forma responsável, seguindo a lei, nó no próximo mês de janeiro, cumprindo o protocolo com a Anvisa e obedecendo aos princípios de proteção à vida, nós vamos iniciar a imunização dos brasileiros de São Paulo. Não vamos aguardar março”, disse Doria.

A vacina produzida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan começará a ser produzida neste fim de semana, afirmou o secretário estadual de Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn.

“As vacinas já começam a ser produzidas no final de semana. Então, no início da semana, essas doses já estarão prontas, serão formuladas, envasadas e, aí sim, de forma adequada, estocadas esperando a liberação dos órgãos regulatórios”, explicou o secretário em entrevista à TV Globo. Nesta quinta-feira (3), 600 litros de matéria-prima chegaram ao estado para a produção de mais de um milhão de doses do imunizante.

Dimas Covas em entrevista à Globonews, também endossou que as doses devem ser administradas no início de 2021. “A vacina estará disponível e o registro na Anvisa, acredito eu, também estará disponível. Então, poderemos iniciar um programa em janeiro, acredito, de vacinação. E espero [que] com o apoio do Ministério [da Saúde], apesar de todas essas declarações que não citam nominalmente a vacina do Butantan. A nossa expectativa é a de que a vacina seja incorporada, inclusive atendendo ao que o próprio ministro fala, sem citar a vacina, de que a vacina que estiver disponível e registrada, será incorporada”, afirmou.

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Ele também disse que não há necessidade de solicitar uso emergencial. “Nós estamos muito próximos de solicitar o registro [da vacina à Anvisa]. Nós não teremos a necessidade de solicitar esse registro emergencial, vamos solicitar já o registro da vacina. Estamos muito próximos de que isso aconteça. O registro e a vacina estando disponíveis, nós temos que iniciar a vacinação. É tudo o que nós queremos”, defendeu Dimas Covas.

O Ministério da Saúde apresentou na terça-feira (1º) um cronograma preliminar com as estratégias para vacinação dos brasileiros. A CoronaVac não foi citada formalmente. Segundo a pasta, idosos acima de 75 anos, profissionais da saúde e indígenas serão os primeiros a serem vacinados. A previsão é de a campanha comece em março.

João Gabbardo, secretário-executivo do comitê de contenção do coronavírus de São Paulo, disse que está perplexo com a data, pois em janeiro muitas pessoas devem estar doentes e o Brasil já terá uma vacina. “No meu entendimento, ela poderá ser utilizada (…) Não tem sentido aguardar até março”.

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