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Covid-19: Diretor do Butantan acredita que vacina deve ser aplicada primeiro em quem não teve a doença

Médico afirmou que quem já pegou o vírus tem uma "proteção natural"

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 19 ago 2020, 14h23 - Publicado em 19 ago 2020, 14h06
Na coletiva para anunciar a parceria com a Sinovac: doses serão gratuitas
Dimas Covas em coletiva para anunciar a parceria com a Sinovac (Governo do Estado de São Paulo/Divulgação)
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Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, afirmou nesta quarta-feira (19) que acredita que um programa de vacinação nacional para a Covid-19 deve, em um primeiro momento, excluir quem já teve a doença. As informações são do G1.

“Até pode vacinar [os que já foram infectados], não necessariamente necessita. Num primeiro momento [de campanha de vacinação], aqueles que não tiveram a infecção e, num segundo momento, aqueles que tiveram. Vamos acompanhar. Obviamente o indivíduo que já teve a infecção tem uma proteção natural, existe uma certa dúvida de que isso é protetor, por quanto tempo”, disse Covas para o portal.

Ele falou também sobre a duração da campanha de vacinação, que se começar no final de 2020 ou início de 2021, deve durar ao menos até junho do ano que vem. “Normalmente uma campanha dura de 3 a 4 meses. Existe uma logística muito grande”.

O diretor do instituto comentou também que o Brasil deve conta com casos ativos da Covid-19 até 2021. “Como essa pandemia ainda vai durar alguns meses e seguramente atravessaremos o ano com casos ativos, então a vacina será muito útil nesse sentido”.

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O Instituto Butantan desenvolve atualmente a vacina chamada de CoronaVac, fruto de uma parceria do órgão paulista com o laboratório Sinovac, da China. Covas afirmou durante esta semana que até o final do ano o Butantan deve receber 15 milhões de doses do produto, que já está sendo produzido na China e devem começar a chegar no Brasil em outubro.

O imunizante está atualmente na Fase 3 de testes, a última etapa, em que 9 000 profissionais da saúde que trabalham no atendimento de pacientes com a doença pandêmica mas que não foram infectados recebem doses. O estudos são coordenados pelo Butantan e conduzidos por várias instituições em cinco estados brasileiros, além de São Paulo.

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