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Capital registra casos de varíola dos macacos em crianças e adolescentes

Todas estão sem sinais de agravamento; Ministério da Saúde anuncia centro de operação de emergências

Por Clayton Freitas
Atualizado em 29 jul 2022, 16h35 - Publicado em 29 jul 2022, 11h28
Médico coleta amostra de vírus da varíola dos macacos de tubo de ensaio escrito monkeypox
Médico coleta amostra de vírus da varíola dos macacos de tubo de ensaio  (© Dado Ruvic/Divulgação)
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A cidade de São Paulo registrou, até o momento, dez casos de varíola dos macacos (monkeypox vírus) em adolescentes e crianças. Em um outro caso, o de um adolescente, ele mora em Osasco. Tratam-se dos primeiros registros nessas faixas etárias. Todas estão em isolamento domiciliar e não apresentam sintomas graves, segundo o médico David Uip, secretário de Ciência, Pesquisa e Desenvolvimento em Saúde do estado.

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“É totalmente esperado. Eu tenho absoluta certeza de que essa é uma doença que vai atingir todas as populações [faixas etárias]”, afirmou Uip.

As três crianças têm entre quatro e seis anos de idade e moram nas zonas leste, norte e sul da capital, segundo a Secretaria Municipal de Saúde da Prefeitura de São Paulo. Já os adolescentes têm entre 10 anos e 19 anos. Elas são monitoradas pelas Vigilâncias Epidemiológicas do Estado e da capital.

O número de casos no país chegou a 1 066, segundo dados mais recentes do Ministério da Saúde, sendo 818 só no Estado de São Paulo. A maior parte está na capital, que concentra 713 registros, segundo a Secretaria Municipal de Saúde.

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A prefeitura informou que toda a rede de saúde pública da capital está apta a atender, diagnosticar e monitorar os casos. Uma das principais preocupações é a busca ativa, para tentar conter a circulação do vírus. Na capital a circulação já é comunitária, diferente do que ocorreu no primeiro caso, em início de junho, onde o paciente contraiu a doença fora do país.

“A rede foi capacitada e conta com insumos para coleta de amostras das lesões cutâneas (secreção ou partes da ferida seca) para análise laboratorial”, afirmou a prefeitura em nota.

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Segundo o médico David Uip, apesar de neste momento a doença não ter letalidade expressiva, há grande preocupação com os grupos de risco, pacientes em tratamento contra o câncer, transplantados e gestantes. “É uma doença que está começando”, afirma.

A gravidade da situação levou o Ministério da Saúde a criar um Centro de Operações de Emergências para elaboração de um planto de contingência para tentar conter o surto da varíola dos macacos no Brasil.

Na próxima quinta-feira (4) está marcada uma entrevista de integrantes do governo estadual para anunciar as medidas para combate à doença.

 

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