Continua após publicidade

Justiça determina retorno de aborto legal em hospital de referência na ZN

9ª Vara de Fazenda Pública do Tribunal acatou ação popular para fim da suspensão do serviço no Hospital Municipal da Vila Nova Cachoeirinha

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 30 jan 2024, 16h29 - Publicado em 17 jan 2024, 18h51

A 9ª Vara de Fazenda Pública do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) determinou que a prefeitura da capital retome o serviço de aborto legal no Hospital Municipal e Maternidade da Vila Nova Cachoeirinha, na Zona Norte. Os procedimentos no hospital de referência foram suspensos de forma temporária em dezembro de 2023.

Na ocasião, a Secretaria Municipal da Saúde informou que a medida foi tomada para a realização de cirurgias eletivas, mutirões cirúrgicos e outros procedimentos relativos à saúde da mulher. Porém, não indicou quando seria realizada a retomada do serviço de interrupção da gestação em casos previstos por lei. 

O TJSP atendeu a uma ação popular da deputada federal Luciene Cavalcante (PSOL-SP), do deputado estadual paulista Carlos Giannazi (PSOL) e do vereador Celso Giannazi (PSOL). 

“O aborto legal constitui, logicamente, um direito, e a criação de obstáculos para sua realização, além de simbolizar retrocesso, representa grave violação aos direitos e à dignidade da mulher”, argumentam, no processo. Os parlamentares ainda apontam que o serviço de referência era oferecido há trinta anos no hospital municipal e era o único na cidade que não impunha limite de idade gestacional. 

Continua após a publicidade

O pedido liminar determina que a gestão municipal reative o serviço no Hospital e Maternidade da Vila Nova Cachoeirinha e promova a busca ativa “para que todas as pacientes que tiveram o procedimento cancelado sejam atendidas com brevidade, abstendo-se o Hospital Público, ainda, de negar o agendamento do procedimento para novas pacientes”. Outra alternativa proposta pela justiça, seria promover o reagendamento das pacientes, tanto com procedimentos cancelados quanto novas, para outras unidades de saúde sem limitação de idade gestacional.

Em nota, Secretaria Municipal de Saúde informou que “foi notificada pela Procuradoria-Geral do Município (PGM) sobre a liminar em questão e está à disposição da Justiça para prestar todos os esclarecimentos necessários. O serviço de aborto legal segue disponível às gestantes no município de São Paulo, independentemente do período gestacional, conforme estabelece a legislação em quatro hospitais: Hospital Municipal Dr. Cármino Caricchio (Tatuapé), Hospital Municipal Dr. Fernando Mauro Pires da Rocha (Campo Limpo), Hospital Municipal Tide Setúbal e Hospital Municipal e Maternidade Prof. Mário Degni (Jardim Sarah). Lembrando que o procedimento também é feito em hospitais estaduais”.


Compartilhe essa matéria via:

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Domine o fato. Confie na fonte.
10 grandes marcas em uma única assinatura digital
Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

Assinando Veja você recebe semanalmente Veja SP* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
*Para assinantes da cidade de São Paulo

a partir de R$ 39,90/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.