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Marcelo Médici: “Sou um paulistano fanático”

Ator de 'Passione' responde a perguntas dos leitores de VEJA SÃO PAULO

Por Redação VEJA SÃO PAULO on-line
Atualizado em 5 dez 2016, 18h30 - Publicado em 29 out 2010, 20h15

Marcelo Médici conquistou os paulistanos que curtem teatro com espetáculos de sucesso como a hilária comédia ‘Cada Um Com Seus Pobrema’. Daí para o horário nobre da televisão, foi um pulo. Em 2008, estreou na novela ‘Belíssima’, na pele do açougueiro gago Fladson. Atualmente, dá vida ao carteiro Mimi, em ‘Passione’. Seu personagem, sempre meio atrapalhado, é apaixonado por Agostina (Leandro Leal) e já fez uma série de maluquices por amor a ela. Médici fala desse e de outros assuntos a seguir, numa entrevista elaborada com perguntas enviadas pelos leitores de VEJA SÃO PAULO.

Qual foi o maior mico que você já pagou? (enviada por Adilson Magarian, via e-mail)
Marcelo Médici:
Muitos… Ontem mesmo paguei um mas ainda estou em processo de elaboração e vai demorar um tempo para eu conseguir contar pra alguém. Mas lembro de um histórico: fui assistir a um show do Mauro Soares, que imitava o Caetano Veloso cantando musicas improváveis. Era sensacional. Ao sair, fui jantar e, coincidentemente, Caetano estava no restaurante. Alguns amigos da minha mesa o conheciam e ele foi até lá. Contamos que assistimos ao show do Mauro, ele perguntou se era bom e quais músicas ele havia cantado. E eu, depois de algumas caipirinhas, não lembrava do título da canção (e não lembro até hoje) e resolvi cantar para o próprio Caetano uma música do grupo Yahoo!!! Ou seja, eu imitei o Mauro imitando o Caetano, para o próprio! Mico Leão Dourado.

Qual foi seu papel mais marcante no teatro? (enviada por Bia Lima, @lima_bia)

Marcelo Médici: Não sei se tenho exatamente um. Mas posso dizer que o Sanderson tem um significado diferenciado por já tê-lo vivido em vários espetáculos. Em 1998, ganhei o Prêmio Multishow de Humor por causa dele. Começou numa brincadeira com amigos e está na minha peça ‘Cada Um Com Seus Pobrema’ até hoje! Os nomes mudavam, mas sempre foi aquele malandro tipicamente paulistano, que fala gírias e é corintiano. Esse mano da hora que não poderia ser esquecido.

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Qual é a ascendência da sua família? (Simone El Hage, via e-mail)

Marcelo Médici: Como a grande maioria dos brasileiros, tenho de tudo: italiano, espanhol, holandês, negro. Mas meu avô paterno era italiano, de Firenze e chamava-se Pietro Medici.

Qual a maior loucura de amor que você já fez? (Mariana Silvano, via e-mail)

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Marcelo Médici: Acho que nenhuma. Nesse ponto não sou nada parecido com meu personagem, o Mimi. Mas talvez eu já tenha feito alguma coisa absurda, que outros considerariam loucura e eu não.

Do que você mais gosta em São Paulo? (Douglas Bernard, @tiodouglinhas)

Marcelo Médici: Sou um paulistano tão fanático que a primeira coisa que faço quando chego de uma viagem mais longa é dar uma volta na Avenida Paulista de madrugada. Gosto de tudo. Acho a cidade democrática, moderna e cada um pode levar a vida que quer. Aqui, come-se bem, há opções culturais interessantes e grande variedade noturna. Uma metrópole maluca como qualquer outra, mas que nos permite, por exemplo, uma ida ao Parque Ibirapuera para dar boas pedaladas.

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O que mudou na sua vida após a Globo? (Luciano Krasinski, via e-mail)

Marcelo Médici: Tudo e nada. Impossível não reconhecer a popularidade atingida ao trabalhar num produto de qualidade, exibido pela primeira emissora do país. Como disse minha querida colega Graziella Moretto, até a família passa a nos tratar melhor (risos). Mas, quando digo nada, é porque minha vida continua absolutamente igual. Não vivo em festas, eventos, não moro em casa com piscina, ando de metrô quando preciso e acredito que ser ator da Globo não garante bom desempenho de bilheteria no teatro. Quem decide se um espetáculo vai ser sucesso é o público.

E se, no final de ‘Passione’, descobrissem que o Mimi foi o assassino do Saulo?

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(Rosangela Amaral, via e-mail)

Marcelo Médici: Acho que seria muito engraçado, mas não imagino que o autor Silvio de Abreu pense no Mimi como assassino. É um personagem de um núcleo paralelo e o objetivo dele, a “passione” que o move, é sua amada Agostina. Só se existisse um flashback mostrando Saulo dando uns catos na Agostina na garagem da empresa e o Mimi ficasse assistindo a tudo atrás de uma pilastra… Daí ele poderia dizer: “Io mato questo schifoso!”

Qual papel em teatro gostaria de fazer? (Ruvin Ber José Singal, via e-mail)

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Marcelo Médici: Tantos! O Iago, de ‘Othello’ (William Shakespeare), é um banquete para qualquer ator. Mas esse negócio de querer fazer um personagem me parece perigoso pois é preciso tomar cuidado para não virar uma viagem de vaidade. Acho importante pensar como um todo. Quero fazer esse papel porque está inserido num contexto de espetáculo, para contar uma história que considero relevante. Se ficar na egotrip é uma bobagem. Acho um pouco equivocado pensar “me sinto pronto para fazer Hamlet”. Hamlet é sensacional, mas fazer por quê? Eis a questão.

Como se relaciona com seu envelhecimento? (Ana Elisa Sena, via e-mail)

Marcelo Médici: A questão não passa pela parte estética. Quando fazemos TV, nos vemos de um jeito diferente de quando a gente se enxerga no espelho. É mais ou menos como olhar fotos de dois, três anos atrás. Envelhecemos, fato. Umas marquinhas a mais aqui, uns fios de cabelos brancos ali… Como vivemos num país machista, a juventude eterna não é tão cobrada nos homens. Homem grisalho é considerado charmoso (risos). Minha preocupação maior é saber se quando estiver mais velho terei um plano de saúde! Minha profissão é repleta de altos e baixos. Agora, tem um lado generosíssimo que é podermos trabalhar mesmo depois de velhinhos. Se não for o Rei Lear (Shakespeare de novo!) podemos no mínimo fazer um vovô. Pode ser que eu queira fazer um, mas acho mais provável que tenha optado por morar numa praia.

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