Vídeo mostra suspeito de ser o esquartejador de Higienópolis
Imagens foram registradas por uma câmera de segurança de um condomínio na Rua Sabará; a polícia já tem uma descrição da vítima
Um vídeo mostra o rosto do suspeito de ser o esquartejador de Higienópolis. As imagens foram registradas por uma câmera de segurança de um condomínio na Rua Sabará, em Higienópolis, localizado a poucos metros do local onde um catador de material reciclável encontrou o primeiro saco plástico com os dois braços e as duas pernas da vítima ainda não identificada.
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O vídeo mostra um homem com camisa preta e bermuda carregando um carrinho de feira em direção a Rua Sergipe. O carrinho é semelhante ao que foi encontrado na esquina das ruas Mato Grosso e Coronel José Eusébio com outro saco plástico com o tronco da vítima. A polícia acredita que este carrinho foi usado para transportar as partes do corpo.
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As imagens da câmera foram capturadas às 7h44, apesar do sistema de segurança apontar um horário diferente.
A polícia já tem uma descrição da vítima. A estimativa é que ela tenha entre 25 e 30 anos, entre 1,80 e 1,90 metro. É um homem com pele clara.
A equipe do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), responsável pela investigação do caso, não descarta nenhuma linha de investigação, incluindo a possibilidade de o homicídio ter sido praticado por um seguidor de alguma seita satânica.
O caso
Por volta das 9h desse domingo (23), um catador de papel encontrou em um saco de lixo duas pernas e dois braços humanos decepados. A sacola estava na esquina da Rua Sergipe com a Rua Sabará, em Higienópolis, em frente ao Cemitério da Consolação. Assustado, ele pediu a ajuda de um comerciante, que chamou a polícia.
Mais tarde, por volta do meio-dia, um tronco foi achado na região, na esquina da Rua Mato Grosso com a Rua Coronel José Eusébio. Os policiais também encontraram nas sacolas plásticas um vestido. Apesar disso, o corpo provavelmente é de um homem, que media entre 1,85 e 1,90 metro de altura.
Uma pessoa encapuzada apareceu nas imagens de uma câmera de segurança da Guarda Civil Metropolitana. Ele empurrava um carrinho de feira. No momento em que deixou o objeto, porém, as imagens não captaram seu rosto. Além da qualidade do equipamento ser ruim, ele ficou entre um poste e uma placa de trânsito, o que atrapalhou a identificação. Um par de sapatos que foi encontrado perto do carrinho.
O delegado Itagiba Franco, do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), explica que as pontas dos dedos e parte da pele do tórax foram arrancadas para dificultar o trabalho da perícia. “Já vi casos parecidos, mas este impressiona por causa dos detalhes.” A cabeça não foi localizada. “A pessoa agiu para dificultar o trabalho da polícia.” O delgado também pretende ouvir comerciantes da região para conseguir alguma informação.