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DHPP não descarta que esquartejador seja membro de uma seita satânica

São várias linhas de investigação: retrato falado está sendo feito a partir de imagens de câmeras. Polícia investiga sumiço de uma pessoa de Santos e outra de Mairiporã

Por Redação VEJA SÃO PAULO
Atualizado em 5 dez 2016, 15h03 - Publicado em 26 mar 2014, 13h25

A equipe do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), responsável pela investigação do caso do esquartejador de Higienópolis,  tem se dedicado a checar uma série de pistas que vêm surgindo nas últimas horas para tentar chegar ao autor do crime. Os profissionais não descartam nenhuma linha de investigação, incluindo a possibilidade de o homicídio ter sido praticado por um seguidor de alguma seita satânica. “O assassino removeu a pele do tronco da vítima, o que é comum em certos rituais. Eles guardam a pele como forma de imortalização“, disse um investigador. Os policiais também estão checando informações recebidas a respeito do desaparecimento nos últimos dias de duas pessoas. De Santos, um pai relatou o sumiço do filho, que trabalha como tatuador. A outra queixa se refere a um travesti de Mairiporã que estava a caminho do Hospital das Clínicas, na capital, e nunca mais teria sido visto.

+ Esquartejador cobriu tronco da vítima com vestido vermelho de lantejoulas

Os peritos criminais do DHPP e os do Instituto de Criminalística (IC) analisam no momento, além do vestido vermelho de lantejoulas que envolvia o tronco da vítima, o carrinho de feira encontrado com parte do corpo e os sacos de lixo e, principalmente, fios de cabelo – que podem ser da vítima, do assassino ou artificiais. Os profissionais do Instituto Médico Legal já sabem que a pessoa esquartejada não foi nem asfixiada nem sofreu infarto. Possivelmente, a morte ocorreu por um trauma na cabeça, membro que ainda não foi encontrado pela polícia, assim como o órgão genital, as nádegas e as pontas dos dedos. Os investigadores  também estão analisando as informações de câmeras de vídeo instaladas ao redor do quadrilátero onde foram depositadas partes do corpo. Com base nessas imagens, um profissional do DHPP já está produzindo um retrato falado do suspeito.

O caso

Por volta das 9h do domingo (23), um catador de papel encontrou em um saco de lixo duas pernas e dois braços humanos decepados. A sacola estava na esquina da Rua Sergipe com a Rua Sabará, em Higienópolis, em frente ao Cemitério da Consolação. Assustado, ele pediu a ajuda de um comerciante, que chamou a polícia.

Mais tarde, por volta do meio-dia, um tronco foi achado na região, na esquina da Rua Mato Grosso com a Rua Coronel José Eusébio. Os policiais também encontraram nas sacolas plásticas um vestido. Apesar disso, o corpo provavelmente é de um homem, que media entre 1,85 e 1,90 metro de altura.

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Uma pessoa encapuzada apareceu nas imagens de uma câmera de segurança da Guarda Civil Metropolitana. Ele empurrava um carrinho de feira. No momento em que deixou o objeto, porém, as imagens não captaram seu rosto. Além da qualidade do equipamento ser ruim, ele ficou entre um poste e uma placa de trânsito, o que atrapalhou a identificação. Um par de sapatos que foi encontrado perto do carrinho.

O delegado Itagiba Franco, do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), explica que as pontas dos dedos e parte da pele do tórax foram arrancadas para dificultar o trabalho da perícia. “Já vi casos parecidos, mas este impressiona por causa dos detalhes.” A cabeça não foi localizada. “A pessoa agiu para dificultar o trabalho da polícia.” O delegado também pretende ouvir comerciantes da região para conseguir alguma informação.

 

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