Reinaldo Kherlakian sonha em ser o novo Cauby Peixoto
Herdeiro da Galeria Pagé tem um zoológico em casa, pilota o próprio helicóptero e possui apartamentos em Miami, Nova York e Paris
O relógio marcava 21h40 do último sábado (20) quando as luzes do salão nobre do Clube Sírio, no Planalto Paulista, se apagaram. Abastecida de vinho argentino, bolinhas de queijo e espetinhos de frango, a plateia (298 pagantes e trinta convidados, segundo as contas dos organizadores) solta gritos de excitação quando um painel de LED de 25 metros quadrados anuncia a atração da noite: “Show de Reinaldo Kherlakian — Para ouvir com o coração”. Em seguida, surge em cena o astro, com olhos carregados de rímel e os fios brancos do cabelo suavizados por traços de lápis preto molhado em água boricada. Compenetrada, a estrela abre os trabalhos com o manjadíssimo bolero Bésame Mucho, de Consuelo Velázquez. Apesar dos 58 anos de idade, trata-se de um dos primeiros grandes shows do intérprete. Milionário herdeiro da Galeria Pagé, o shopping do centro que funcionou durante décadas como um paraíso de produtos contrabandeados e falsificados, ele andava com tempo de sobra nos últimos anos, administrando de longe os negócios da família, até que resolveu tentar a sorte na música. A estrutura disponível no espetáculo é de matar de inveja qualquer outro calouro. Uma miniorquestra com catorze integrantes o acompanha e os equipamentos utilizados no palco são de primeira linha. Há quatro teleprompters espalhados por ali rodando as letras das músicas e a ordem do repertório e o microfone principal é um Sennheiser, fabricado pela marca alemã Neumann. “Igualzinho ao da Beyoncé”, conta, orgulhoso, Kherlakian.
+ Vídeo dos bastidores e momentos do show de Reinaldo Kherlakian
O iniciante tem planos ambiciosos. Não quer ser um crooner qualquer. Deseja tornar-se um novo Cauby Peixoto. Além de um punhado de clássicos românticos no bolso do paletó e da voz grave e empostada, a indumentária utilizada nos shows não deixa dúvidas a respeito da principal fonte de inspiração. Blazers vistosos de Ricardo Almeida estão entre as peças preferidas. Na apresentação do Clube Sírio, Kherlakian envergava um terno de paetês metalizados feito sob medida por João Camargo, alfaiate que cobra até R$ 20.000,00 por trabalho e tem entre seus clientes personalidades como o ator Luciano Szafir e o cantor Ney Matogrosso. Sua camisa branca era fechada por abotoaduras de brilhantes do tamanho de uma bola de gude. Nos pés, um par de sapatos Salvatore Ferragamo com centenas de diamantes negros incrustados. No público, vários amigos (entre eles o empresário Ricardo Mansur, ex-dono do Mappin e da Mesbla), certos parentes (como o primo Renato Kherlakian, o fundador da grife Zoomp), algumas esportistas (as meninas do vôlei Fabiana Claudino e Sheilla Castro, bicampeãs olímpicas) e muitos integrantes da comunidade armênia da metrópole (caso da artista plástica Cristina Kartalian, famosa por ter sido a terceira das seis ex-mulheres de Fábio Jr.).
No meio do show, ele recebeu no palco sua mulher, Adele Zarzur, e lhe deu uma bitoca nos lábios. Ambos agradeceram a presença de personalidades conhecidas. “Nossa, isso é tããão coisa do interior”, alfinetou uma das presentes, a joalheira, atriz e socialite Kristhel Byancco. Vestida num chamativo casaco de pele e no páreo para disputar uma vaga na segunda edição do reality show Mulheres Ricas, ela, além de outras personagens, conferia ao local um clima de Programa Amaury Jr., impressão reforçada pela presença da equipe do próprio apresentador, contratada por Kherlakian para fazer “reportagens” sobre ele pelos próximos seis meses, ao custo de R$ 35.000,00. O espetáculo durou uma hora e meia. No ato final, depois de soltar o gogó em Volare, de Domenico Modugno, fez que ia terminar, mas voltou para o bis com uma assistente segurando dezenas de rosas colombianas. Ao som de Amigo, de Roberto Carlos, encerrou a apresentação e distribuiu flores. “‘Brigado’, gente”, repetiu, por várias vezes.
Uma das principais peculiaridades de sua tentativa para entrar no showbiz está relacionada ao principal patrono do projeto. No caso, ele mesmo. Saem de seu bolso despesas com o entourage musical (R$ 43.000,00 por mês para o pagamento dos integrantes da orquestra, de três iluminadores e de dois técnicos de som) e uma equipe de bastidores que inclui uma preparadora vocal e até um dentista que o acompanha a todo lugar. “Vai que cai uma coroa do meu dente, né?”, explica. O autopatrocínio estende-se à organização dos shows. Na maioria dos casos, o cantor é quem aluga os espaços e banca os demais custos. A apresentação no Clube Sírio representou uma exceção, uma vez que três empresas arcaram com o orçamento da empreitada (uma revendedora de helicópteros, uma distribuidora de materiais hospitalares e, bingo!, a Galeria Pagé).
Formado em direito pelo Mackenzie, atuou em apenas um caso na vida, defendendo um homem condenado a trinta anos de prisão por ter matado a esposa. “Consegui reduzir a pena para quatro anos”, ele jura. Aos 18 anos de idade, ganhou do pai, o imigrante armênio Avedis Clemente Kherlakian, uma loja de sapatos, que cresceu e se transformou numa rede, com 45 lojas na capital. O negócio fechou em 2004. “Cansei de mexer com o varejo, pois queria ter mais qualidade de vida e ficava só cuidando de problemas da administração”, explica. Nunca havia pensado em ser artista, até que o curso de sua vida mudou. Quando estava em uma de suas muitas temporadas no seu apartamento de Nova York (também tem propriedades em Miami, Paris, Campos do Jordão e Guarujá), passou a frequentar shows e diz ter feito uma avaliação de voz com um produtor de musicais da Broadway. “Ele afirmou que eu estava acima da média”, conta. Kherlakian acreditou e, levando em consideração sua capacidade de dedicação, o tempo livre e o dinheiro que tem para esbanjar, investiu no assunto. Primeiro, contratou uma preparadora de voz para fazer três horas diárias de aula. Depois, um fonoaudiólogo. Foi aí que pegou gosto pela coisa: mandou construir um estúdio no jardim e adaptou uma sala de sua mansão no Morumbi para transformá-la em um teatro com capacidade para setenta pessoas. “Não estou para brincadeira”, avisa.
Num dia típico da semana, acorda por volta das 13 horas e se dedica três horas aos ensaios. Com a intenção de recarregar as energias, costuma sair à noite para jantar com a esposa, Adele, ou gasta o tempo livre com seus outros brinquedos. Um deles é o helicóptero Robinson R44, que o próprio Kherlakian pilota (tirou o brevê em 2009 e já acumula 1.000 horas de voo). Na garagem de casa, o xodó é uma Ferrari 360 Modena, ano 2000, de cor amarela. O bólido, avaliado em R$ 500.000,00, raramente sai da residência. Um dos oito funcionários de Kherlakian põe o veículo para rodar três vezes por semana. Nas poucas vezes que assume o volante, o aspirante a cantor vai até um shopping das redondezas. “A Ferrari é meu Picasso: tenho para poder admirá-la, e não para sair por aí”, justifica.
Essas histórias não esgotam a lista de excentricidades do herdeiro da Pagé. Sua mansão, avaliada em mais de R$ 20 milhões e construída num terreno de 4.000 metros quadrados, é um palacete kitsch, com o interior decorado com uma profusão de lustres de cristais, quadros de molduras douradas (assim como as torneiras dos lavabos) e uma série de gaiolas com aves (ararajubas, cacatuas e outras espécies). Na sala principal, destaca-se uma escultura de carvalho de um anjo com pouco menos de 1 metro de altura, atribuída a Aleijadinho. “Vale hoje mais do que minha casa”, garante. O toque exótico do ambiente fica por conta da escada, coberta por um carpete que imita pele de zebra.
A área externa do imóvel é ainda mais surpreendente e reforça a obsessão pelo mundo animal. Basta dizer que ela abriga um minizoológico. Sim, isso mesmo. São mais de trinta moradores, incluindo várias espécies de araras, minicavalos, uma minivaca e uma zebra (batizada de Mortadela). A estrela maior da companhia, porém, é o tigre Sultão, de 10 meses, que passaria a maior parte do tempo em uma fazenda no interior — de acordo com o Ibama, dificilmente esse tipo de animal pode ser criado em área urbana. Quando está em casa, ele circula preso a uma coleira, sempre guiado por um adestrador. Fica na porta do banheiro enquanto seu dono escova os dentes, tira longos cochilos na sala de jantar na presença de convidados e, vez por outra, come na hora do café da manhã biscoitos com sabor de carne trazidos dos Estados Unidos.
+ Veja mais imagens sobre a vida de Reinaldo Kherlakian
- AS ESPÉCIES DO ZOOLÓGICO PARTICULAR
– 1 tigre – 1 yorkshire – 2 papagaios – 1 zebra – 1 ararajuba – 2 araras-vermelhas – 1 minivaca – 1 papagaio-do-congo – 2 araras-canindés – 1 dogue alemão arlequim – 1 canário – 3 tartarugas terrestres – 1 labrador – 1 calopsita – 2 tartarugas d’água – 3 galos – 3 cacatuas – 3 araras-azuis – 15 minicavalos
Apesar da cara pouco amigável, parece dócil e brinca com os cachorros de igual para igual. Em dias de calor, o bicho se refresca em um tanque construído especialmente para ele. Sultão, atualmente com 100 quilos, tem uma dieta diária composta de quatro frangos processados e 2 litros de leite integral. Criar animais em casa já rendeu problemas a Kherlakian. Certa vez, seu vizinho de muro Roberto Baumgart, um dos donos dos shoppings Center Norte e Lar Center, pediu a ele que retirasse de lá duas porcas gigantes. Alegou que certo mau cheiro estaria invadindo seu terreno. Acabou atendido.
- O COLOSSO PAGÉ
– 220 lojas e 48 escritórios em dois prédios
– 75% das lojas são de propriedade da família de Reinaldo Kherlakian, o restante é de outras pessoas, como o chinês Law Kin Chong
– R$ 10.000,00 é o valor médio do aluguel
– De R$ 500,00 a R$ 3.000,00 é quanto custa o condomínio
– 5 são as principais nacionalidades dos lojistas (brasileiros, chineses, libaneses, armênios, sauditas)
Esse tipo de contratempo não tira o sono do milionário. “Além de dar muito carinho, trato meus bichos com o que há de melhor”, diz. “Eles possuem registro. Amo a natureza, por isso prefiro criar animais a ter quadras de tênis”, justifica. Sua mãe, dona Maria, de 80 anos, já se conformou com seus hábitos pouco comuns. “Ele faz tudo o que lhe dá na cabeça”, diz ela. Quando tinha 21 anos, o filho apareceu com um pequeno leão comprado em um circo. “Ele me pegou de surpresa, mas o bicho encheu a casa de alegria”, recorda. Batizado de Dakar, o felino inaugurou a série de pets exóticos na vida de Kherlakian.
Outro traço curioso em torno da personalidade do empresário é o fato de ele, nos anos 80, ter feito mind power, curso que ensina técnicas de concentração. “Todos os presidentes americanos são graduados nisso, assim como era o papa João Paulo II”, gaba-se. Os ensinamentos consistem em andar para trás e decorar 100 palavras associando-as a imagens em apenas três minutos. “Tenho poder sobre minha mente.” No campo amoroso, faz um estilo galanteador que, garantem os conhecidos, teria deixado um rastro considerável de corações partidos nas últimas décadas. “O Reinaldo ficou com metade da comunidade libanesa da cidade”, diz seu amigo Chiquinho Scarpa. “Sempre teve pinta de galã e foi um gentleman.”
No ano passado, ele mudou seu estado civil de solteiro para casado. Disse o “sim” vestido de smoking prata para Adele Zarzur, 45. A cerimônia causou um falatório devido a um enredo digno de Nelson Rodrigues. No fim da década de 70, Kherlakian era noivo de Gisele Zarzur, que vem a ser a irmã mais velha de Adele. A quinze dias de subir ao altar, ele decidiu terminar tudo. “Devolvi os presentes e o fato acabou superado”, conta Kherlakian, que demonstra ainda muito desconforto ao falar sobre o assunto. O relacionamento com Adele começou há dois anos, numa festa de réveillon que ele promoveu em seu apartamento em Miami. No dia do casamento deles, Gisele figurou entre os presentes. No entanto, segundo as pessoas mais próximas, ela ainda está magoada com a irmã. Quando Kherlakian e Adele decidiram trocar alianças, resolveram viver em casas separadas. Por isso, ela continua morando com os dois filhos do primeiro casamento, no Jardim Europa.
Embora esteja investindo boa parte do tempo na carreira de cantor, Kherlakian ainda acompanha de perto os negócios da família. A Galeria Pagé rende mais de R$ 2 milhões mensais em aluguel. O centro comercial já foi motivo de brigas, a maior parte delas ocorrida após a morte de Avedis Clemente Kherlakian, em 2002. Até 2007, outro dos filhos do fundador, Ricardo, irmão gêmeo de Reinaldo, estava à frente do shopping. Insatisfeitos com os resultados de sua administração, os demais integrantes da família, incluindo a matriarca, Maria, entraram com uma ação para afastá-lo do dia a dia da companhia. No auge da crise, a Justiça nomeou uma advogada para intervir e administrar os negócios. Ricardo, que chegou a ficar proibido de entrar no prédio durante um período, faleceu no primeiro semestre em decorrência de um câncer.
Hoje, o clã está com os ânimos mais calmos, tanto que os filhos de Ricardo trabalham na empresa. O foco de todos é transformar a imagem da mais famosa galeria da região da Rua 25 de Março. “Desde 2010, eles tomaram providências concretas para tirar os lojistas que vendiam mercadoria ilegal”, diz Edsom Ortega, secretário de Segurança Urbana. Essa transformação se deu após a Pagé fechar as portas inúmeras vezes durante as blitze de fiscalização. “Em uma ocasião, apreendemos 1 milhão de produtos piratas ou contrabandeados, avaliados em R$ 50 milhões. Há duas semanas, seis lojas foram multadas.” O objetivo atual da empresa é virar um outlet.
Nos últimos meses, abriram as portas por lá franquias como Poderoso Timão e Mundo dos Games. A família Kherlakian é dona de 75% das 220 lojas. As outras estão nas mãos de várias pessoas, entre elas o chinês Law Kin Chong (dono de três pontos), tido como o maior contrabandista do país. “A Pagé hoje escreve uma nova história”, diz Eduardo Sampaio, advogado da galeria. “Tiraremos quem não se enquadra na política antiprodutos de origem duvidosa.” Apesar do discurso moralizante, quem passa por lá atualmente ainda depara com muitos artigos inspirados em itens de marcas conhecidas. Semanalmente, o lugar recebe cerca de 50.000 pessoas. Os graves problemas associados ao endereço não incomodam Kherlakian. “Meu pai tinha orgulho da Pagé, que foi o primeiro shopping vertical da cidade, e passou isso para os filhos”, diz.
A carreira musical do herdeiro desse império comercial começou em sua mansão e em casas voltadas para um público maduro, como o Club A, no Brooklin. Em maio, o empresário fez um show dentro do Palácio dos Bandeirantes para levantar fundos para as padarias artesanais da primeira-dama Lu Alckmin. “Peguei um cantor completamente cru”, lembra a preparadora vocal Yula Gabriela da Silva. “Mas com determinação de ser o melhor.” Por não ter o costume de dançar e nunca ter tocado um instrumento na vida, o aluno tinha dificuldade de distinguir ritmos. A professora, então, passou a fazer atividades como sentar-se no chão com ele para brincar de Escravos de Jó.
Ansioso e extremamente metódico, Kherlakian já tirou Yula da cama em algumas madrugadas para que ela o escutasse soltando o gogó. Nos próximos meses, ele deve gravar CD com seu single Amigo Fiel, escrito em parceria com a dupla sertaneja Ricco e Ryan. Trata-se de uma homenagem ao labrador Bedo, morto há dois anos. Diz a letra: “Ele é o amigo fiel, mais sincero companheiro / Ele tem a magia no olhar, tão leal e tão guerreiro”. Aliás, o autor cai no choro sempre que se lembra de Bedo. “Quando operei meu desvio do septo, ele dormiu em cima de mim”, conta.
Um dos mais conhecidos produtores musicais do país, Nelson Motta lembra que, de tempos em tempos, um milionário tenta chegar às paradas. “Certa vez, José Maurício Machline, da família de donos da antiga Sharp, lançou um CD em que cantava ao lado de Fafá de Belém e Elba Ramalho”, exemplifica. Motta diz que novidade mesmo seria um desses novatos vingar. “O dinheiro compra professores, instrumentos e até plateia, mas não carisma nem cultura.” Com seu figurino chamativo, voz potente e repertório romântico, Kherlakian, por enquanto, emplacou junto aos amigos e senhoras da sociedade, que gritam e dançam em seus shows. Ele tem certeza de que isso é só o começo. “Um cara que se casou, aprendeu a pilotar helicóptero e se tornou artista profissional perto dos 60 anos não pode se queixar de nada”, orgulha-se se. “Não sou bobo alegre. Virei cantor para ganhar dinheiro.”
- LIVROS DE AUTOAJUDA, CARRÔES E MICROFONES
Reinaldo Clemente Kherlakian
Data de nascimento: 9/6/1954 (58 anos)
Natural de: São Paulo
Peso: 85 quilos
Altura: 1,80 metro
Vida profissional: graduou-se em direito pelo Mackenzie, mas vive da renda de seus imóveis (entre eles a Galeria Pagé) e se esmera para se tornar um cantor profissional
Livro favorito: “Gosto de uma pegada de autoajuda e inteligência emocional”
Filme predileto: Cinema Paradiso, de Giuseppe Tornatore. “Vi dezoito vezes”
Meios de transporte: helicóptero Robinson R44, Ferrari 360 Modena, Porsche 911 Carrera S e dois Mercedes-Benz (modelos C500 e G55)
Estado civil: casado com a empresária Adele Zarzur
Propriedades: mora em uma mansão no Morumbi. Possui também casas no Guarujá, Campos do Jordão, Miami, Nova York e Paris. “Planejo agora comprar um chalé na neve”
Paixão: ternos brilhantes e bem cortados assinados pelos estilistas Ricardo Almeida e João Camargo. Há mais de vinte modelos em seu closet
Item de colecionador: par de sapatos Salvatore Ferragamo cravejados de diamantes negros
Jornada de trabalho: estuda três horas diárias com uma preparadora vocal e, durante a semana, ensaia com sua orquestra duas vezes e faz uma aula de duas horas com um fonoaudiólogo
Capricho: comprou quatro teleprompters “iguais ao do Barack Obama” (total de R$ 40.000,00) e três microfones “idênticos ao da Beyoncé” (total de 55 000 reais)
Cuidado especial: carrega o dentista aos shows. “Vai que cai uma coroa do meu dente, né?”
- ELE SOLTA O GOGÓ E A CARTEIRA
Alguns dos investimentos do empresário para virar um cantor profissional
– R$ 200.000,00: adaptação de um Mercedes-Benz Splitter em camarim
– R$ 200.000,00: instrumentos como mesa de som, teclado e bateria
– R$ 60.000,00: construção de um estúdio de ensaios
– R$ 43.000,00: gasto fixo mensal com sua equipe, que inclui catorze músicos, três iluminadores e dois técnicos de som