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Policial Militar que matou camelô é investigado por outro homicídio

Morte ocorreu em março, mas foi considerada legítima defesa. 

Por VEJA SÃO PAULO
Atualizado em 5 dez 2016, 14h04 - Publicado em 19 set 2014, 10h20

O soldado Henrique Dias de Araújo, que matou um camelô na última quinta-feira (18) está sendo investigado por outro homicídio. Em março, o PM atirou em um morador de rua que levava um carrinho de ferro-velho  e teria ameaçado o policial com uma faca ao ser abordado. Araújo, que estava acompanhado de outro policial, disparou e a vítima morreu no local.

Assista ao vídeo da morte do camelô.

 

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Devido à gravidade do ocorrido, ele foi inscrito no Programa de Acompanhamento e Apoio ao Policial Militar e, após ser considerado apto a trabalhar por psicólogos, voltou às ruas. Para a PM o caso foi considerado legítima defesa mas ainda está sendo analisado pelo Tribunal de Justiça Militar.

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Henrique Dias de Araújo  virou notícia após uma confusão entre ambulantes e policiais militares por volta das 17h15 dessa quinta-feira (18), na Lapa, terminar com a morte do camelô Carlos Augusto Muniz Braga, de 30 anos, atingido por um tiro na boca. Araújo foi preso em flagrante por homicídio e prestou depoimento no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

A Secretaria de Segurança Pública informou que o caso será apurado pela Polícia Civil e a Corregedoria da PM.

Segundo a PM, a confusão começou quando três policiais participantes da Operação Delegada tentaram apreender DVDs piratas que estavam sendo comercializados de maneira ilegal por um ambulante na Rua Doze de Outubro. Ainda de acordo com a PM, o camelô se negou a entregar os produtos e recebeu voz de prisão. Nesse momento, um grupo de cerca de trinta ambulantes saiu em defesa do colega e iniciou uma briga com os três policiais.

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De acordo com a major Dulcineia Lopes de Oliveira, um dos policiais teve parte do colete arrancado e outro agente da polícia foi encurralado pelos ambulantes dentro de uma loja e jogado no chão. Na confusão, segundo a major, foi dado um disparo acidental que atingiu a boca de Braga. Ele foi socorrido ao Hospital das Clínicas, mas não resistiu aos ferimentos.

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Testemunhas contestam a versão da PM. A irmã de Braga, que presenciou a cena, disse que o irmão só estava tentando ajudar colegas envolvidos na briga. “Ele só foi socorrer o amigo dele que estava no chão, outro camelô, quando o policial não pensou duas vezes e atirou na boca dele.”, contou ela, que não se identificou.

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Após o disparo, houve um pequeno confronto entre ambulantes e policiais, que usaram balas de borracha e bombas de gás. Os ambulantes tentaram se proteger montando barricadas com lixo queimado e usando pedras. Pelo menos cinco pessoas foram detidas e encaminhadas para o 7º DP (Lapa). Todo o comércio da região fechou as portas e as ruas do entorno foram interditadas. A major Dulcineia informou que vai ser aberto um inquérito policial militar para apurar as circunstâncias do disparo. (Com Estadão Conteúdo)

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