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Polícia divulga retrato falado de suspeito de ataques com seringa

Homem seria o responsável por perfurar uma médica peruana pelas costas, na Avenida Paulista, no centro, há cerca de um mês

Por Estadão Conteúdo
Atualizado em 27 dez 2016, 16h31 - Publicado em 26 jul 2016, 20h04
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seringa-01 (Veja São Paulo/)
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A Polícia Civil de São Paulo divulgou um retrato falado do suspeito de usar uma seringa para praticar ataques na capital. O homem seria o responsável por perfurar uma médica peruana pelas costas, na Avenida Paulista, no centro, há cerca de um mês. Ele tem aproximadamente 40 anos, moreno, de porte médio e tem barba e olhos castanhos. 

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Um inquérito foi instaurado pelo 78º Distrito Policial (Jardins) para tentar identificar e prender o suspeito, que é acusado de lesão corporal e periclitação contra a vida (quando expõe outra pessoa a perigo) com o uso de seringa. As investigações começaram após o caso ocorrido no dia 22 de junho.Uma das vítimas, uma médica estrangeira, caminhava com uma amiga na altura do cruzamento da Paulista com a Rua Pamplona, por volta das 17h, quando foi picada pelas costas. Ela quem forneceu as informações para o retrato falado. “Os policiais fizeram buscas na região e abordaram alguns suspeitos”, diz.

A médica afirma que correu para alcançar a outra mulher e alertou que ela havia sido atingida. “Ela viu que eu também estava ferida, então resolvi ir para o hospital.” Segundo conta, as duas se separaram e não tiveram mais contato. Ela também diz que não falou com nenhuma outra vítima um mês após o caso.

Receio

Com risco de infecção, a médica buscou tratamento no Instituto de Infectologia Emílio Ribas, que atendeu outras ocorrências parecidas desde o primeiro ataque. Ela passou 28 dias à base de comprimidos e apresentou sintomas de icterícia por causa da medicação. Após exames, os testes deram negativo para HIV, sífilis e hepatite B e C. “Foi um evento um tanto traumático. Agora, ando com mais receio na rua, olhando sempre ao redor”, diz.

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Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) afirma que a Polícia Civil mantém contato com o hospital para “obter informações de eventuais novas ocorrências” e pede para que as vítimas registrem boletim de ocorrência. Segundo apurou a reportagem, os investigadores têm encontrado dificuldade para ter acesso a informações sobre as vítimas, uma vez que os médicos se negam a abrir prontuários dos pacientes sem ordem judicial.

O Emílio Ribas também não confirma o número de casos. Em nota, o hospital diz que não pode prestar informações mais detalhadas, “sob pena de não desrespeitar o sigilo médico”. “Sempre que necessário, o hospital orienta seus pacientes a registrarem boletim de ocorrência e aciona a polícia”, afirma.

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